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​Médicos querem auditoria a doentes retirados de listas de espera

20 out, 2017 - 10:49

Bastonário da Ordem receia que os doentes saiam das listas sem serem reavaliados.

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A Ordem dos Médicos quer que seja feita uma auditoria independente à retirada de doentes das listas de espera. A situação foi denunciada num relatório do Tribunal de Contas, o qual revela ainda que os tempos de espera nos hospitais estão a ser falseados.

Em declarações ao programa Carla Rocha – Manhã da Renascença, o bastonário da Ordem dos Médicos considerou a situação “muito grave”.

“Estamos perante uma situação muito grave que é a possibilidade de estarem a ser eliminados das listas de espera utentes que já estão à espera há muito tempo”, afirmou Miguel Guimarães, acrescentando que se isto for verdade “tem que ter consequências”.

“Retirar doentes de uma lista porque estão à espera há muito tempo, sem os doentes serem avaliados, sem pedirem uma avaliação, por exemplo, ao médico que enviou o doente para o hospital, nomeadamente ao médico de família, não é uma situação que seja sequer aceitável”, diz.

Face a esta situação, a Ordem dos Médicos quer fazer uma auditoria independente e já recebeu, por parte do Ministério da Saúde, 'luz verde' para avançar.

Mais tempo de espera para uma consulta hospitalar e mais utentes a aguardarem por uma cirurgia entre 2014 e 2016 foram outros dos aspectos identificados pelo Tribunal de Contas, segundo as conclusões do relatório da auditoria divulgadas na terça-feira.

O tribunal concluiu ainda que, naquele período, ocorreu "uma degradação do acesso dos utentes a consultas de especialidade hospitalar e à cirurgia programada".

O PSD anunciou, entretanto, que quer ouvir com urgência no Parlamento o ministro da Saúde sobre o documento do Tribunal de Contas. "Trata-se de uma situação da maior gravidade, na medida em que evidencia a degradação dos utentes do SNS aos cuidados de saúde que se está a verificar sob a governação do partido socialista", escreve o grupo parlamentar no requerimento em que pede a audição urgente ao ministro da Saúde.

Já na sequência dos incêndios do último fim-de-semana, o bastonário confirmou existirem centenas de clínicos que se oferecem para ir para o terreno.

Comentários
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  • Filipe
    20 out, 2017 évora 12:42
    Nos centros Saúde os médicos atendem mais delegados de propaganda médica e perdem mais tempo com eles , talvez a negociar as férias oferecidas pelos laboratórios ... do que doentes atendidos . É ver nas entradas a quantidade de gente dessa aos montes fazendo esperas e entregando malas ou envelopes fechados ... tratem-se ! Até porque milhões de Portuguesas e Portugueses são BURLADOS pelos médicos , não estão doentes ! Eles não sabem é comer e não os ensinam , preferem receitar por cada , 5 ou 6 caixas para o Colesterol , Tensão Alta ... etc. Um grande negócio !!!!!
  • Nuno
    20 out, 2017 Singapura 12:20
    O Joao Lopes esquece-se que o relatorio refere-se aos ano 2014-16. Apanha os 2 ultimos governos. Pela sua logica nem PS, nem PSD, nem CDS, nem Bloco, nem CDU no governo. Deve ser apoiante daquele deputado do PAN. O Antonio dos Santos le uma noticia de alhos e vem falar em bugalhos. O que e que os abusos dos atestados medicos tem a ver com o falsear das listas de espera? A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), instituicao responsavel pelos dados criticados pelo Tribunal de Contas e' uma maquina muito bem afinada de martelar numeros. E' um bicho que serve a cor politica quem estiver no poder da forma mais habilidosa possivel e muitas vezes com grave prejuizo dos doentes e profissionais. Espero que a investigacao tenha conclusoes claras, atribua responsabilidades e que haja consequencias. Mas espero sentado. Desculpem a falta de acentos. Teclado estrangeiro.
  • Carlos Gonçalves
    20 out, 2017 Seixal 12:03
    JOÃO LOPES.... o seu ódio primário até o cega ao ponto de não conseguir ler nem interpretar um texto... Como não leu bem a notícia, transcrevo: "O tribunal concluiu ainda que, naquele período, (2014 a 2016) ocorreu "uma degradação do acesso dos utentes a consultas de especialidade hospitalar e à cirurgia programada"....
  • António dos Santos
    20 out, 2017 Coimbra 11:38
    Concordo inteiramente com esta posição. No entanto, há problemas gravíssimos para o país, que configura cumplicidade dos médicos, no roubo à Caixa de Previdência e a ADSE e outras, que consta na passagem de atestados falsos e baixas falsas. Quanto aos atestados, basta ouvirmos funcionários públicos, em conversa em público, a dizerem que para a semana vão meter atestado. Nas baixas também é fácil se contactarem as empresas, que têm funcionários sistematicamente a faltar, sem aparência que o indique. Falo com conhecimento de causa. Espero que não censurem este comentário, como ontem o fizeram. Quem aqui escreve de assumir a sua responsabilidade e não vocês que devem fazer censura, mediante a sua tendência política. Falo assim, porque não pertenço a nenhum partido, porque sou sério.
  • João Lopes
    20 out, 2017 Viseu 11:31
    Este Governo social-comunista defende-se e protege-se a si próprio, mas não defende nem protege os cidadãos mais pobres nem os mais desprotegidos. Deve demitir-se em bloco!

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