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D. Jorge Ortiga. “Não bastam os discursos”

22 out, 2017 - 23:03 • Isabel Pacheco

Arcebispo espera que se tomem medidas que evitem a repetição da tragédia dos incêndios.

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O arcebispo primaz de Braga lembra que o Governo deve “servir o povo por competência e não por carreirismo”.

As criticas de D. Jorge Ortiga foram deixadas na homilia deste domingo na Sé de Braga onde abordou os incêndios para pedir novas politicas e ações concretas ao Governo.

“Também é legitimo esperar novas politicas a nível governamental e autárquico que garantam um futuro mais tranquilo. Não bastam os discursos. As mortes de tantos portugueses e a destruição de tantos bens exigem acções concretas que mostrem que os cidadãos podem confiar em quem governa e que deveria servir o povo por competência e não por carreirismo. Ao mesmo tempo, é importante confiar nas instituições que estão no terreno e prestam assistência personalizada e de primeira necessidade”, disse.

D. Jorge Ortiga sublinhou que a construção da sociedade é um dever de todos lembrando que este é um tempo de esperança e não de pessimismo.

“Os presságios que nos chegam pelos meios de comunicação social podem- nos parecer dramáticos. É neste contexto que é imprescindível um horizonte de esperança que desate os nós da rede onde poderíamos ter caído. A esperança exige firmeza. (…) Com Cristo e partir de Cristo estamos seguros. Não é com pessimismo que construímos algo de positivo", acrescentou.

Os incêndios que afectaram o país destruíram mais de dois mil hectares de floresta só no distrito de Braga.

Comentários
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  • Pois não!
    23 out, 2017 Lis 10:50
    Nem bonitas homilias! Enquanto não for combatida a hipocrisia dentro da Igreja nada muda! Afirmou o Papa Francisco que vale mais um ateu sério do que um católico hipócrita!
  • António Carvalho
    23 out, 2017 Póvoa Lanhoso 00:54
    Tem razão. Acrescentaria que bonitos discursos é igual a bonitas homilias. Usar bem as palavras nada resolve, nada resolverá. Foi sempre assim e será sempre assim. A acção não precisa de bonitos discursos. A acção vai muito para além de palavras, abraços, beijos e selfies nas horas más. O resultado destes gestos será sempre efémero e preenche um momento circunstancial. A igreja e o Governo partilham uma estratégia comum nos momentos trágicos, mas ainda assim os governos revelam-se mais solidários por incumbência e obrigação de um eleitorado que o escolheu. O arcebispo primaz de Braga lembra que o Governo deve “servir o povo por competência e não por carreirismo”. E a igreja, escolhe os seus mais altos representantes por competência ou carreirismo? Tenho dúvidas quanto ao modo. D. Jorge Ortiga sublinhou que "a construção da sociedade é um dever de todos lembrando que este é um tempo de esperança e não de pessimismo". Que pena a oposição não o ouça. Escusariam de vir com moções de censura. Desafio-o a usar a sua influência para mandar recados à oposição com a mesma diligência que o faz ao governo. Portugal ficaria a ganhar. Todos ficaríamos a ganhar.

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