Do frango cru à maçã podre. Há queixas diárias da qualidade das refeições escolares

23 out, 2017 - 18:43

Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais quer penalizações duras.

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No ofício enviado pela Ferlap ao Governo e a autarcas consta uma fotografia de uma coxa de frango quase crua. Foto: Ferlap

Apesar das denúncias que têm vindo a público, a situação das refeições escolares não melhorou. A Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (Ferlap) garante que todos os dias chegam queixas sobre a má qualidade das refeições nas escolas.

Apesar da intervenção da ASAE, em muitas escolas a comida continua a ser servida ou crua ou queimada, levando Isidoro Roque, presidente da Ferlap, a alertar para o risco para a saúde publica.

“É perigoso para a saúde comer alimentos crus e é perigoso para a saúde comer carvão. São situações de risco para a saúde pública e soubemos que a ASAE foi chamada a algumas escolas e também está a acompanhar a situação. Mas não vemos para já resultados práticos das medidas que estão a ser tomadas e as notícias continuam-nos a chegar", afirma Isidoro Roque à Renascença.

Apesar dos alertas, todos os dias chegam denúncias da má qualidade da comida servida às crianças. Esta segunda-feira, a Ferlap enviou um oficio ao Ministério da Educação e autarcas da região, pedindo mais fiscalização. Num anexo do ofício é possível ver uma coxa de frango quase crua e uma mação semipodre.

“Nós queremos uma coisa simples, que a comida seja de qualidade e em quantidade. Neste momento, e de acordo com a lei, o que tem de ser feito é a fiscalização eficaz do serviço de refeições e uma penalização que tem de ser dura, e que acredito que conste do caderno de encargos, para quem não cumpre o que está estabelecido e não forneça uma alimentação de qualidade”, diz Isidoro Roque.

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Comentários

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couto machado
24 out, 2017 porto 15:33
No meu tempo de aluno, a refeição vinha da Legião Portuguesa e era constituída por sopa e um casqueiro. Não me lembro de ser servida com defeitos. Estes queixumes cheiram-me a esturro. Será que os papás dos alunos, os alunos e os professores, não rejeitam a lavagem servida ??
Toda a razão!
24 out, 2017 do cemitério 12:48
" Láporra" concordo completamente com o seu comentário! Está cheia de razão. Como que se percebe que seja o próprio estado a dispensar trabalhadores para dar mais benefícios e aproveitamento aos privados em decadência dos serviços públicos, para criar serviços de pior qualidade, mais precariedade, mais instabilidade, mais tudo a por, por isso é que muitos destes hipócritas ligados ao privado e de má fé, só têm argumentos para denegrir a função pública. Ou seja, o que eles querem é criar escravos e enriquecerem mais à custa da destruição da função pública, alguns parecem uns autênticos nazis contra func. públicos. A prova agora está à vista. Até as funcionárias de limpeza passaram a ser dos privados. Sinto nojo deste sistema politico, como de muitas mentalidade de md que são muitas vezes os donos dos argumentos da comunicação social e ainda tentam manipular os tolos. assim vai este país. Que desde à muito está condenado nas mãos de tantos medíocres de gente sem escrúpulos.
carlos almeida
24 out, 2017 Lisboa 08:00
Quando a confecção das refeições foi entregue aos privados, foi o descalabro. Esses senhores estão mais interessados no lucro que na qualidade.
felisberto
24 out, 2017 feira 07:45
é uma miséria e para completar uma das regras no ensino profissional é se a escola tiver cantina és obrigado a comer na escola não podes levar comer de casa a comida que servem não tem qualidade nem a quantidade necessitaria para uma criança
Joao
24 out, 2017 Leiria 02:26
A culpa nao é so da empresa privada. Na escola onde estive havia um controlo pelos prodessores da comida e do menu. Tem de haver um controlo por parte Dr quem contrata. De todos os modos, quem sao as pessoas que estao a cozinhar/ na cozinhar? Tem formacao? Provavelmente muito pouca, e isto porque querem reduzir custos. Nenhum bom cozinheiro com formacao Vai trabalhar para Uma empresa que paga Mal, com funcionarios que tem pouca formacao. Estas empresas tentam ao maximo reduzir custos para ganhar os concursos porque quem as contrata quer pagar o menos possivel. E aqui esta um grande problema na Minha opiniao. Nao ha investimento por parte do estado na educacao! Isto sim é um problema. Se see quer boa comida nao se pose escolher pelo preco da empresa, mas pela qualidade/servico/custo.
Ze
24 out, 2017 Coimbra 00:41
As cantinas são neste momento geridas por empresas privadas. Quando eram geridas por funcionários públicos e pelas próprias escolas a qualidade, quantidade e a atenção aos alunos era muito superior. Essas tretas de que o privado é que bom deu nisto. Aplaudiram e votaram nos arautos do empreendedorismo privado não foi? Agora os vossos filhos comem frango cru!
rm
24 out, 2017 00:12
E ninguem vai preso ? Justiça cobarde.
Ernesto Revez
23 out, 2017 cercal do alentejo 23:32
Deixem lá o Ronaldo,a geraldina,o policia ,as manas ricas e cantoras,o egipcio rico que não deve saber onde vai cair e preocumpessem com estas crianças que inocentemente nem sabem o que comem e o que esta republica das bananas lhes vai oferecer
Armindo Oliveira
23 out, 2017 PVZ 23:20
Tudo começou com uma brilhante ideia do doutor Aníbal Cavaco e Silva, sub empreitar as refeições escolares. Ganhou prémios internacionais de gestão. Vamos agora iludir-nos. O Zeinal Bava também ganhou tudo o que havia para ganhar na PT
António Rodrigues
23 out, 2017 Viseu 23:03
Com maçã podre trabalham as fábricas "FRU-EAT em Portugal, sendo esse fruto seco usado para todos os fins alimentares, sobretudo para crianças, e não se consta que tenha havido reclamação alguma. Bom, talvez porque não a vêem fabricar...