25 out, 2017 - 07:07
Os médicos da região sul e das Regiões Autónomas estão em greve desde a meia-noite, num dia de paralisação regional que já decorreu no Norte, há cerca de duas semanas.
Hoje é a vez de estarem em greve os médicos das Regiões Autónomas e do Sul, abrangendo Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.
Depois do Norte, devia ter-se seguido a região Centro, na semana passada, mas a paralisação foi suspensa pelos dois sindicatos médicos promotores da iniciativa (SIM e FNAM), por causa dos incêndios naquela zona do país, que provocaram pelo menos 45 mortos.
Esta série de greves começou a 11 de Outubro e culmina numa paralisação em todo o país, agendada para dia 8 de Novembro. Os médicos reivindicam a diminuição do trabalho suplementar, turnos de urgência de 12 horas e a diminuição dos utentes por médico de família de 1.900 para 1.500 pessoas.
Para esta sexta-feira, dia 27, está marcada uma greve na função pública a que o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) demonstrou apoio na terça-feira, apelando à participação dos médicos, tendo em conta a "presente situação de impasse negocial".
Os sindicatos queixam-se de que estão há um ano em "reuniões infrutíferas" com o Governo e lembram que o ministro "quer pôr os médicos mais velhos a fazer urgência", "os médicos mais novos a pagar para saírem do Serviço Nacional de Saúde no fim do internato" e que "não abre o concurso para recém-especialistas hospitalares".
A greve dos médicos deve afectar, sobretudo, consultas e cirurgias. Os serviços mínimos estão garantidos e abrangem urgências, tratamentos oncológicos e cuidados intensivos.