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​Urban Beach em tribunal para travar encerramento da discoteca

09 nov, 2017 - 20:34

Grupo K interpõe processo cautelar contra o Ministério da Administração Interna para tenta evitar encerramento da Urban Beach após caso de agressão levado a cabo por seguranças.

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O grupo K, proprietário da discoteca Urban Beach, em Lisboa, interpôs esta quinta-feira um processo cautelar de suspensão de eficácia do acto administrativo do Ministério da Administração Interna, que ordenou o encerramento do espaço a 3 de Novembro.

A acção deu entrada no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, de acordo com a informação disponibilizada na aplicação informática Portal Citius, está classificada como "outros processos cautelares", tem como réu o Ministério da Administração Interna (MAI) e deverá ter como objetivo reverter a decisão do ministro da tutela, Eduardo Cabrita, de mandar encerrar aquele espaço de diversão noturna durante meio ano.

O MAI ordenou o encerramento do espaço na madrugada de sexta-feira, alegando não só o episódio de violência ocorrido na quarta-feira anterior, envolvendo seguranças daquela discoteca, mas também as 38 queixas sobre a Urban Beach apresentadas à PSP desde o início do ano, por supostas práticas violentas ou atos de natureza discriminatória ou racista".

A agência Lusa contactou Paulo Dâmaso, proprietário da discoteca Urban Beach, que preferiu não prestar declarações neste momento.

As duas vítimas de agressão cometidas por três seguranças da Urban Beach vão apresentar queixa-crime ao Ministério Público na sexta-feira, disse à agência Lusa uma das advogadas que os representam.

O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decretou no sábado a prisão preventiva para dois dos seguranças da discoteca, indiciados de tentativa de homicídio qualificado na forma tentada, enquanto a um terceiro elemento foi-lhe imputado o crime de ofensa à integridade física, saindo em liberdade, mas com proibição de contactar com as vítimas e com os coarguidos, além de ficar impedido de exercer a atividade de segurança privada.

A empresa de segurança privada PSG, empregadora dos vigilantes indiciados, já anunciou que vai rescindir todos os contratos com estabelecimentos de diversão noturna para "se distanciar de situações semelhantes.

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