15 nov, 2017 - 11:40
A secretária de Estado da Educação anuncia o reforço da fiscalização à qualidade das refeições escolares. Nos últimos tempos têm circulado nas redes sociais várias fotografias a denunciar refeições mal cozinhadas ou em quantidade insuficiente.
“Posso anunciar que a DGEstE [Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares] criou em cada uma das suas direcções regionais uma equipa de intervenção com três ou dois funcionários consoante as delegações regionais para fazer vistoria sistemática e repetida a todas as escolas da sua região. Isto traduz não o início de uma fiscalização que já era feita mas o reforço de uma fiscalização”, disse Alexandra Leitão no Parlamento, onde está a ser discutida na especialidade a proposta do Orçamento do Estado para 2018.
"Vamos trabalhar num plano integrado de promoção e monitorização da qualidade das refeições escolares com vista essencialmente a garantir que caso sejam de facto encontradas situações elas tenham a imediata penalidade que está prevista no caderno de encargos. Não vamos inventar nada. Está prevista no caderno de encargos. É uma questão de as aplicar", disse.
Alexandra Leitão garantiu que o caderno de encargos assinado com as empresas que fornecem as refeições escolares assegura "todas as condições" para "a qualidade e a quantidade das refeições nas escolas e também o rácio de funcionários que devem ser garantidos".
A DGEstE recebeu desde o início do ano lectivo 70 queixas relativas à má qualidade das refeições escolares e à falta de pessoal nas cantinas, segundo dados do Ministério da Educação.
Uma das situações mais graves foi detectada na cantina da escola André Soares, em Braga, onde foi encontrada uma lagarta viva numa refeição escolar. A direcção escolar classificou a situação como "reflexo" da "falta de funcionários" na empresa que ali serve refeições.