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Tony Carreira ouvido em tribunal no processo em que é acusado de plágio

27 nov, 2017 - 08:09

Interrogatório deve decorrer à porta fechada e sem as testemunhas pedidas pela defesa. Cantor é acusado de 11 crimes de usurpação e de outros tantos de contrafacção.

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O cantor Tony Carreira é ouvido esta segunda-feira no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, no âmbito do processo em que é acusado pelo Ministério Público de plagiar 11 músicas.

No requerimento de abertura da instrução (fase facultativa que visa comprovar a acusação do Ministério Público e seguir para julgamento ou arquivar o processo), a defesa do músico pedia a inquirição de dois peritos, do responsável jurídico pela Sociedade Portuguesa de Autores e a "tomada de declarações" de Tony Carreira – que, quando foi constituído arguido e interrogado, no dia 17 de Fevereiro, não quis prestar declarações.

Segundo o despacho da juíza de instrução criminal, o interrogatório judicial vai decorrer às 10h30, “seguido do debate instrutório”. No mesmo despacho, a juíza rejeita a inquirição das três testemunhas, por considerar que essa diligência "não se reveste de qualquer utilidade" para a instrução.

De acordo com a lei, os debates instrutórios são sempre à porta aberta, mas o interrogatório a Tony Carreira deverá realizar-se à porta fechada.

No requerimento de abertura da instrução, no Departamento de Investigação e Acção PenaL (DIAP) de Lisboa, o cantor pede a nulidade da acusação do Ministério Público (MP), mas "mantém-se disponível" para chegar a um acordo, desde que não envolva o pagamento de qualquer quantia à Companhia Nacional de Música (CNM), editora que apresentou a queixa por plágio.

A defesa do cantor sustenta que, por "a acusação deduzida ser nula e carecer de fundamento", o juiz de instrução criminal deve arquivar o processo, "sem prejuízo da disponibilidade para a suspensão do processo", mas com a condição de não pagar nada à CNM.

Tony Carreira está acusado de 11 crimes de usurpação e de outros tantos de contrafação, enquanto Ricardo Landum, autor de alguns dos maiores êxitos da música ligeira portuguesa, responde por nove crimes de usurpação e por nove crimes de contrafação.

Segundo o despacho de acusação do Ministério Público, Tony Carreira e Ricardo Landum "arrogaram-se autores de obras alheias", após modificarem os temas originais.

As músicas "Depois de ti mais nada", "Sonhos de menino", "Se acordo e tu não estás eu morro", "Adeus até um dia", "Esta falta de ti", "Já que te vais", "Leva-me ao céu", "Nas horas da dor", "O anjo que era eu", "Por ti" e "Porque é que vens" são as 11 canções alegadamente plagiadas, de acordo com a acusação do DIAP de Lisboa.

Descubra as diferenças. Tony Carreira copiou estas músicas?
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Comentários
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  • ó filipe
    28 nov, 2017 lx 08:33
    O seu conceito de liberdade de expressão é muito esquisito!...copiar e plagiar é para si liberdade de expressão?
  • 27 nov, 2017 palmela 12:05
    O estado esta a precisar de dinheiro vao buscar o dinheiro onde ele existe ! uma semaninha de cadeia faz-te bem durante essa semana podes escrever musica original
  • Filipe
    27 nov, 2017 évora 12:02
    Acusarem este cantor ou acusarem uma Zebra que foi apanhada a conduzir sob efeito de álcool na auto estrada , é igual . O ministério público acusa tudo e todos sem um pingo de vergonha , já nem se fala em leis pois é coisa que essa entidade repudia .Ora , essa Companhia do raio que sei lá , acusou um ser humano sem que os lesados ou entidades que editaram os discos desses alegados lesados se queixasse . Essa Companhia do raio que sei lá , nem editou e nem vende em Portugal qualquer música que essa Companhia do raio que sei lá , diz ter sido copiada . Nem existe prova nem queixas , que algum alegado original tivesse deixado de ser vendido para se comprar uma alegada cópia . Ora o que se depreende aqui com isto tudo e concluindo , existe si um Atentado à Liberdade de Expressão interpretada pela canção . Existe uma condicionante a calar 11 canções destinadas ao público e tal como fazia a PIDE/DGS , ora essa entidade a par com o ministério público representam hoje em Portugal uma Estado Fascista/Nazi .
  • afoito
    27 nov, 2017 lisboa 08:24
    Cadeia com camioneta

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