05 dez, 2017 - 10:42
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As urgências hospitalares estão sem capacidade para responder a uma grande afluência de doentes durante a época gripal. O alerta é do bastonário da Ordem dos Médicos, que na Renascença lamenta que esta seja uma situação recorrente.
“A deficiência que existe de capital humano – estamos a falar de enfermeiros, médicos, assistentes operacionais e técnicos – a nível das unidades de saúde dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde é muito grande e tem reflexos ainda mais importantes num serviço de urgência”, afirma Miguel Guimarães.
O bastonário lembra que os serviços de urgência exigem uma “capacidade de resposta e de decisão muito mais elevada do que no serviço normal”, o stress é maior, pelo que “os profissionais de saúde que fazem serviço de urgência têm limitações, nomeadamente no que diz respeito à idade”.
Tal factor, reduz condiciona ainda mais a resposta do serviço a uma maior afluência.
Numa altura em que o frio já aperta, Miguel Guimarães considera que já não há tempo para tomar medidas de médio prazo, pelo que agora é ir reforçando as equipas de urgência.
“O que é possível fazer desde já é reforçar a constituição das equipas de urgência e, por outro lado, a rectaguarda – ou seja, a capacidade de resposta das chamadas camas de cuidados continuados”, afirma na Manhã da Renascença.
O bastonário da Ordem dos Médicos confirma, assim, as preocupações já manifestadas pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, que culpa o Governo por não ter reforçado os serviços a tempo.
A Renascença já pediu esclarecimentos ao Ministério da Saúde, mas ainda aguarda uma resposta.