10 dez, 2017 - 21:23
O Presidente da República diz que é importante apurar o que aconteceu na associação Raríssimas e saber se a lei foi cumprida.
"É importante que se fiscalize, é preciso que se conclua se houve ou não ilegalidade ou irregularidade, que as crianças não sejam punidas por isso e, para o futuro, que não seja preciso denúncias para o Estado saber o que se passa nestas instituições", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
"Para já, não fico com nenhuma imagem [da presidente da associação]. Para já, o que importa é apurar o que se passa. Não interessa se as pessoas gostam mais ou menos de mim. Não é isso que é influente. É apurar-se o que se passou e verificar se foi respeitada a lei ou não", acrescentou, questionado sobre a responsável em causa, depois de sublinhar já ter tido oportunidade de visitar aquela instituição considerada "um exemplo interno, nacional e internacional", antes das denúncias que vieram a público.
Marcelo Rebelo de Sousa reagiu assim à reportagem da TVI que dá conta de irregularidades na gestão financeira e de uso indevido de dinheiros da associação por parte da presidente Paula Brito e Costa.
O Chefe de Estado congratulou-se com o facto de o Ministério do Trabalho, Segurança Social e Solidariedade anunciar que vai avaliar a situação da associação Raríssimas e eventual gestão danosa ou outras irregularidades.
"O Estado tem obrigações nesse tipo de instituições, primeiro porque lhe cabe fiscalizar, depois porque financia. Faz todo o sentido que tenha sido determinado já um inquérito para apurar até ao fim aquilo que aconteceu", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, à margem de uma visita ao bairro de realojamento social da Bela Vista, em Setúbal.
A TVI refere também que a Polícia Judiciária está a investigar o caso.
O Governo vai avaliar o caso e agir em conformidade depois da denúncia de alegadas irregularidades.
Já a direcção da Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras negou irregularidades com fundos.