11 dez, 2017 - 07:59
A lei que obriga a formação existe desde 2013, mas certificação de formadores só arrancou este ano. Resultado? Há apenas três treinadores certificados para os cerca de 17 mil cães perigosos e potencialmente perigosos registados.
Nenhum dos três formadores se encontra a norte de Coimbra ou a sul de Setúbal.
A falta de profissionais certificados dificulta o cumprimento da lei, escreve o “Jornal de Notícias”, que cita dados da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Escreve o diário, que a primeira formação aconteceu em Setembro com 24 inscritos, mas só quatro treinadores tiveram bom aproveitamento. Os restantes terão revelado falta de preparação, sendo que muitos nem levaram cão para a parte prática.
Até Novembro, as autoridades registaram 1.040 ataques de cães a pessoas e multaram 131 donos. Segundo os dados, os ataques com mordedura acontecem mais vezes nas zonas urbanas: na grande Lisboa foram registados 308; no Porto 143 e em Setúbal 72.
Em oposição, o distrito com menos ataques foi Viseu (apenas um).
Quem não treinar um cão potencialmente perigoso entre os seis e 12 meses de idade, tendo em vista a sua socialização e obediência, incorre em multa entre 750 e 5.000 euros (pessoas singular) e de 1.500 a 60.000 euros (pessoa colectiva).
A lista dos cães perigosos inclui a raça rottweiler, o cão de fila brasileiro, o dogue-argentino, o pit-bull-terrier, o staffordshire-terrier-americano, o staffordshire-bull-terrier e o tosa-inu.