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​Direcção da Raríssimas pondera demitir-se

13 dez, 2017 - 17:54

Mas diz que contas da associação eram auditadas.

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Os elementos da direcção da Associação Raríssimas ponderam demitir-se, disse aos jornalistas o director da instituição, Nuno Branco, referindo contudo que as contas da associação foram sempre auditadas.

Em declarações transmitidas pelas televisões, Nuno Branco reconheceu que a direcção da Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras está a ponderar a sua demissão, mas o responsável não quis adiantar nada de definitivo, lembrando que se trata de um "órgão colegial" em que as decisões são tomadas conjuntamente.

Nuno Branco adiantou que não conhecia de perto as situações divulgadas pela reportagem da TVI sobre má gestão de fundos da associação, sublinhando que a instituição tem contas auditadas e que, da parte da direcção, houve o pressuposto de que "as coisas foram feitas com legalidade".

Contudo, o responsável indicou que teve "imensas querelas" com a presidente demissionária, Paula Brito e Costa, afastando-se do seu "modelo de liderança".

O director da Raríssimas sublinhou ainda que teme "pelos mais de 300 utentes" e cerca de 190 profissionais da instituição, pela sua imagem e pelo "trabalho meritório" que tem feito.

Paula Brito e Costa anunciou na terça-feira ao Expresso que se demitia do cargo de presidente da Raríssimas, depois da reportagem emitida sábado pela TVI sobre a gestão da associação, financiada por subsídios do Estado e donativos.

A investigação mostra documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente da sua presidente, Paula Brito e Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro em compra de vestidos e vários gastos pessoais.

Também o ex-secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, pediu a demissão do cargo na terça-feira, dias depois da emissão de uma reportagem pela TVI, na qual se refere que foi contratado entre 2013 e 2014 pela Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.

O secretário de Estado alegou, logo após a emissão da reportagem, que se tratou de uma "colaboração técnica" com a associação "Raríssimas" e que nunca participou em decisões de financiamento.

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  • otário cá da quinta
    14 dez, 2017 coimbra 11:55
    DIRECÇÃO PONDERA ...! Creio que a direcção ainda não tem tacho garantido noutra instituição, porque se tivesse, já se teria demitido!
  • MASQUEGRACINHA
    13 dez, 2017 TERRADOMEIO 18:30
    Pronto, já tivemos direito a ouvir o habitual "tenho a consciência tranquila", dito por todos os intervenientes nesta novela triste: a corajosa mãe de um raríssimo, que acabou a rentabilizar a morte do filho, não só em dinheiro contado, mas também em realização pessoal, tipo poderosa eminência parda e deslumbrada q.b.. Terá também encontrado consolo para a sua alma desolada em passeatas à beira-mar a ouvir cantigas d'amigo, e em alegres cenas pândegas durante viagens d'avião - se é que não estamos todos ceguinhos, e virados para o tal de "julgamento apressado", as imagens exibidas pelos próprios não nos deixam ilusões. O espectáculo da entrevista do Delgado à TVI deixou-me em choque - de facto, só faltava um toque da habitual braguilha aberta/coração transbordante, para o vómito ser total. Como é que esta gente consegue olhar para a família, ou a família olhar para esta gente?

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