13 dez, 2017 - 16:39
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Dois inspectores da Segurança Social estiveram esta quarta-feira na Casa dos Marcos, da associação Raríssimas, avançou a SIC Notícias e confirmou fonte do Governo.
A acção de fiscalização é o último desenvolvimento num caso sobre alegado uso indevido de fundos na instituição que ajuda crianças com deficiências e doenças raras.
Fonte oficial do Ministério do Trabalho indicou à agência Lusa que, esta quarta-feira, foi dado início à inspecção na Associação Raríssimas, localizada na Moita, onde fica a Casa dos Marcos, unidade de saúde e apoio social da instituição.
O Ministério Público estava também já a investigar a instituição, após uma denúncia anónima.
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, disse esta quarta-feira que só depois da inspecção que está a ser feita pela Segurança Social na sequência de uma reportagem da TVI que se poderá verificar "se do lado do Estado houve alguma fragilidade".
"Quantas semanas, quantos meses durará essa inspecção, não sei dizer, mas foi dada prioridade máxima", disse o ministro.
Vieira da Silva, que fez parte da assembleia geral da Raríssimas entre 2013 e 2015, afirmou aos jornalistas que está "de consciência tranquila".
No sábado, a TVI divulgou uma reportagem sobre a gestão da associação Raríssimas – Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, financiada por subsídios do Estado e donativos.
A investigação mostra documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente da sua presidente, Paula Brito e Costa, que terá usado o dinheiro em compra de vestidos e vários gastos pessoais.
O caso já levou à demissão do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que foi consultor da associação antes de ir para o Governo.
No centro da polémica está a presidente da Raríssimas, Paula Brito e Costa, que também já anunciou que vai deixar o cargo.