13 dez, 2017 - 17:00
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O PSD acusou esta quarta-feira o Governo de ter falhado na função de fiscalização no caso da Raríssimas e exigiu conhecer os resultados de uma auditoria que o PS disse ter sido iniciada nesta instituição em 31 de Julho.
Numa declaração política na Assembleia da República, a deputada do PSD Clara Marques Mendes acusou o Governo de ter falhado "na acção de fiscalização", depois de ter recebido diversas denúncias de gestão danosa na associação Raríssimas.
"Porque é que só agora, depois de uma louvável reportagem televisiva, se mandou fazer inspecção à Raríssimas? Porque é que durante meses chegaram denúncias e ninguém agiu?", questionou a deputada.
Na resposta, a deputada socialista Idália Serrão acusou o PSD de demagogia.
"É um bocadinho intelectualmente desonesto dizer que foram apresentadas queixas e nada foi feito: foram apresentadas queixas em Março, Junho, Julho e, em 31 de Julho, foi iniciado um processo de auditoria", afirmou, acrescentando que, depois da reportagem emitida no fim de semana pela TVI, "foi de imediato aberto um processo junto da Inspecção da Segurança Social".
Para Idália Serrão, culpar o PS e o Governo por eventuais irregularidades na gestão da instituição, seria o mesmo que culpar o PSD depois de a presidente demissionária da Raríssimas, Paula Brito e Costa, ter sido vista "abraçada a deputados do PSD na sede do PSD em Odivelas": "Seria um perfeito disparate".
O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, pediu então à mesa da Assembleia para que solicite ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social os resultados de uma auditoria "que pelos vistos tem cinco meses".
"Era importante que o parlamento, e não só apenas algumas bancadas, tivessem acesso a esse resultado", afirmou.
Idália Serrão recordou que a bancada do PS já pediu a audição do ministro Vieira da Silva e sugeriu ao PSD que dirija essas perguntas ao governante quando este for ouvido na Assembleia da República.