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Carrilho absolvido de violência doméstica contra Bárbara

15 dez, 2017 - 14:26

Ex-ministro da Cultura condenado apenas por difamação. Juíza diz que a violência doméstica não ficou provada. E afirma que a apresentadora de TV é "destemida", "dona da sua vontade" e não fez o que devem fazer as vítimas deste crime.

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Manuel Maria Carrilho foi absolvido do crime de violência contra Bárbara Guimarães durante o período em que estiveram casados. O antigo ministro da Cultura foi condenado apenas por difamação.

A decisão foi proferida pela juíza Joana Ferrer, que a defesa de Bárbara Guimarães tentou afastar durante o processo por suspeitar da parcialidade da magistrada.

A juíza considera que a violência doméstica não ficou provada, sublinhando que as alegadas agressões não ficaram documentadas porque a apresentadora de televisão não foi ao hospital.

"Bárbara Guimarães é uma mulher destemida e dona da sua vontade, pelo que não é plausível que na sequência das agressões tenha continuado com o marido em vez de se proteger a si e aos filhos", argumenta a magistrada, citada pelo "Diário de Notícias". Joana Ferrer diz ainda que a apresentadora deveria ter seguido o procedimento recomendado a vítimas de violência doméstica.

Por um crime de difamação, a juíza condenou Manuel Maria Carrilho a 150 dias de multa, num total de 900 euros, e ainda ao pagamento de uma indemnização de três mil euros por danos não patrimoniais à apresentadora de televisão.

"Fez-se justiça", diz Carrilho

Em declarações aos jornalistas no final da audiência, no Campus da Justiça, em Lisboa, o antigo ministro considerou que "se fez justiça" ao ser absolvido do crime de violência doméstica contra a ex-mulher Bárbara Guimarães.

Carrilho entendeu que com esta decisão tinha terminado "um calvário de quatro anos" e manifestou-se "muito feliz" com a absolvição, acrescentando que, de momento, a única coisa que lhe apetecia era ir ter com os filhos.

O antigo ministro prometeu que falará com os jornalistas mais tarde sobre este processo, quando estiver mais tranquilo.

O ex-ministro Manuel Maria Carrilho conheceu esta sexta-feira, na Instância Local criminal de Lisboa, a sentença no julgamento em que é acusado de violência doméstica contra a sua ex-mulher Bárbara Guimarães.

Nas alegações finais o Ministério Público tinha pedido três anos e quatro meses de prisão, com pena suspensa para Carrilho, tendo a procuradora considerado haver ainda perigo de continuação da actividade criminosa por parte do arguido, pelo que, pediu ao tribunal a aplicação de uma pena acessória de proibição de contactos com a vítima pelo mesmo tempo da pena proposta.

Em contrapartida, o advogado de Bárbara Guimarães, que é assistente no processo, pediu uma pena efectiva de prisão de três anos e 10 meses para Carrilho, considerando que, no julgamento, ficou provado o crime de violência doméstica e vários de difamação.

O advogado do professor de filosofia pediu a absolvição do seu cliente, considerando que acusações de violência doméstica e injúrias são uma “história patética e muito mal contada”.

Para Carrilho, a ex-mulher Bárbara Guimarães é uma "falsa vítima" de violência doméstica e que "a falsa vítima foi o verdadeiro agressor".

"Agressor aqui só há um: Bárbara Guimarães", disse Manuel Maria Carrilho nas suas últimas declarações em julgamento, antes de a juíza marcar a leitura da sentença.

Num outro processo que envolve o ex-casal, a 31 de Outubro, o tribunal condenou Manuel Maria Carrilho a quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa por agressão, injúrias, violência doméstica, entre outros crimes cometidos contra a apresentadora de televisão em 2014 a quem terá de pagar 50 mil euros.

Comentários
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  • JChato
    17 dez, 2017 10:50
    NÃO CONHEÇO NEM O POLITIQUEIRO NEM A APRESENTADORA! Como se costuma dizer: QUEM ESTÁ NO CONVENTO É QUE SABE O QUE VAI LÁ DENTRO! NÃO ESTOU "A FAVOR" NEM "CONTRA" NENHUM DELES PORQUE (DIGO EU) "SÓ ELES SABEM O QUE ACONTECEU"! PONTO FINAL! Mas há coisas (coincidências, talvez) que neste caso, como em muitos outros, me "parecem estranhos"! 1) Um(a) Cidadã(o), em DEMOCRACIA, que é coisa que NÃO TEMOS em Portugal, tem TODO O DIREITO de NÃO aceitar um(a) Juiz(a)! Se, uma das partes "entender" que o Magistrado não é imparcial, seja lá porque razão for, porque se NEGA o Direito (no meu entender) de substituir o(a) Juiz(a)? 2) Há tempos atrás opinei que este "politiqueiro barato" (e tenho razões para o classificar desta forma) ia "escapar entre os pingos da chuva" fosse, ou não, culpado! Até parece que sou "bruxo"! 3) A Apresentadora pelo que OIÇO nas "Notícias", PARECE que não se controla a beber! MAS também vi numa capa duma revista que ela está MUITO deprimida e, como muitas outras pessoas, "refugia-se no álcool"! Se acrescentarmos a toda esta baralhada o facto de que (pelo menos lembro-me de ter lido ou ouvido) a "primeira mulher" dele também disse que foi vítima de "violência" ... há "muita coisa" que me dá que pensar! Como eu (e tenho muitas mais razões para isso) NÃO ACREDITO na nossa justiça ... não me pronuncio mais!
  • Luis
    16 dez, 2017 Lisboa 06:36
    Mais uma que utiliza a violencia domestica para obter ganhos, para quando a condenação destas verdadeiras agressoras domesticas.
  • AGOSTINHO PEREIRA
    15 dez, 2017 Costa da Caparica 20:19
    Finalmente a Justiça foi feita. A Vítima foi ele sem dúvida. A má Apresentadora, acompanhada de namorados e guarda-costas chegava às 4 da manhã ALCOOLIZADA na presença dos Filhos. DEVIA ser proibida de conviver com eles.
  • Maria Cristina
    15 dez, 2017 GUARDA 17:03
    É preciso, ir ao hospital, ou morrer para se provar a violência doméstica? O Sr. Ex. Ministro esquece-se que ñ é só a violência física que afecta qualquer pessoa, mas a psicologica, e essa é muito pior!
  • Filipe
    15 dez, 2017 évora 16:14
    A justiça foi feita e elaborado pelo punho de uma mulher ao que parece , ok ! Mas , se fosse eu ou um pedreiro ou carvoeiro que levasse um advogado oficioso , bastaria um só sessão de julgamento e ao fim de um ano estava transitado em julgado uma condenação . Isto dos advogado diferencia muito o acesso aos tribunais ... a justiça não é e nunca será igual para todos como dizem , só o dizem para atirar lama na cara do povo . Casos existem de acusações falsas baseadas em provas falsas e por vezes até favoráveis aos arguidos , que acabam por milagre a condenar inocentes em Portugal , porque tiveram um defensor rasca , muito rasca !
  • zita
    15 dez, 2017 lisboa 14:59
    Omo lava mais branco continuem a lavar. Parece que o cesto continua cheio!
  • António Cunha
    15 dez, 2017 Setúbal 14:46
    A justiça tuga no seu melhor.
  • 15 dez, 2017 Lisboa 14:40
    Trapalhada à portuguesa!!!

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