15 dez, 2017 - 18:49
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A ex-presidente da associação Raríssimas Paula Brito e Costa denuncia um alegado desvio de fundos na delegação da Maia.
Em entrevista à RTP, Paula Brito e Costa afirma que a ex-vice-presidente da associação Joaquina Teixeira terá desviado dinheiro para o filho e para empresas de familiares.
Em causa estarão donativos e há também registo de consultas e tratamentos para crianças carenciadas que nunca aconteceram, mas foram suportadas por mecenas.
Joaquina Teixeira foi afastada da raríssimas a 11 de Maio deste ano.
O caso foi tornado agora público por Paula Brito e Costa, que também está sob suspeita de uso indevido de fundos na sequência de uma investigação jornalística da TVI.
Paulo Brito e Costa diz que está a ser alvo de uma cabala e, apesar de ter apresentado a demissão da presidência, continua como directora-geral.
Uma reportagem emitida pela TVI no sábado denunciou o alegado uso, pela presidente, de dinheiro da associação de ajuda a pessoas com doenças raras, a Raríssimas, para fins pessoais.
Na reportagem era também adiantado que o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, foi contratado entre 2013 e 2014 pela associação Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.
Paula Brito e Costa e Manuel Delgado anunciaram na terça-feira que se demitiam dos respectivos cargos.
Esta quinta-feira, os trabalhadores da Raríssimas avisaram que a associação está em risco de fechar por falta de acesso às contas bancárias e apelaram ao primeiro-ministro para que envie uma direcção idónea para permitir o funcionamento. O Presidente da República revelou, depois, que o Governo já "mandou uma equipa para garantir o funcionamento da Raríssimas".
Na quarta-feira, elementos da Inspecção-geral do Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social estiveram na Associação Raríssimas para dar início à inspecção na instituição.