15 dez, 2017 - 19:13
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Os trabalhadores da Raríssimas exigem "suspensão imediata" de Paula Brito e Costa, ex-presidente e actual directora-geral da associação.
“Pelo bem de todos os utentes e pelo regular funcionamento da casa, devem todos os serviços funcionar com a habitual normalidade. A manutenção do cargo de directora-geral da Raríssimas por Paula Brito e Costa não é admissível à luz das suspeitas cujos indícios são enormes, fortes e reiteradamente denunciados”, referiu uma porta-voz dos funcionários.
A investigação em curso ao alegado uso indevido de fundos "impõe que a presença de Paula Brito e Costa seja impedida", defendem os cerca de 90 trabalhadores que subscreveram um abaixo-assinado.
"Uma
investigação rigorosa e célere impõe que a presença da ex-presidente, enquanto
trabalhadora da instituição, mesmo que à distância, seja impedida.”
Os funcionários da associação que apoia crianças com deficiências e doenças raras consideram que últimas notícias relativas a gestão danosa "são motivo de grande apreensão" e que devem ser totalmente esclarecidas e investigados de forma rápida.
Paula Brito e Costa demitiu-se do cargo de presidente da Raríssimas, na sequência de suspeitas de uso indevido de fundos, mas manteve a ligação à associação como directora-geral.
Uma reportagem emitida pela TVI no sábado denunciou o alegado uso, pela presidente, de dinheiro da associação de ajuda a pessoas com doenças raras, a Raríssimas, para fins pessoais.
Na reportagem era também adiantado que o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, foi contratado entre 2013 e 2014 pela associação Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros. Manuel Delgado demitiu-se do Governo esta semana.
O ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, foi vice-presidente da assembleia geral da associação e vai prestar esclarecimentos no Parlamento na próxima segunda-feira. Vieira da Silva garante estar de consciência tranquila.