A uma semana do Natal, as previsões da meteorologia apontam para sol e frio até ao dia 25.
“Para dia 24, véspera de Natal, poderá haver um aumento de nebulosidade um pouco por todo o país e já há uma probabilidade de chuva para o dia de Natal, dia 25”, refere à Renascença Patrícia Gomes, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Segundo a meteorologista, “na região Sul, essa probabilidade é relativamente baixa, inferior a 15%”, sendo mais elevada (mas “inferior a 50%”) nas regiões Norte e Centro.
Com ou sem chuva, certo é que vai estar frio. “Apesar da ligeira subida de temperatura para amanhã [terça-feira], alguns valores da temperatura mínima – em especial, em alguns locais do interior Norte e Centro – irão continuar a ser muito próximos de zero graus celsius ou mesmo inferiores a zero graus”, refere Patrícia Gomes.
A descida volta logo na quarta-feira, “tanto da mínima como da máxima, e a partir daí não haverá grandes variações em relação aos valores de temperatura”.
Em toda a semana, “prevê-se céu geralmente limpo, com vento em geral fraco a predominar do quadrante Leste, a soprar com um pouco mais de intensidade nas terras altas”.
Proteja-se do frio
A Direcção-geral da Saúde faz uma série de recomendações a propósito do Inverno, de modo a evitar complicações mais graves derivadas do frio, como doenças respiratórias e lesões.
As principais são:
- Manter o corpo hidratado e quente;
- Manter-se protegido do frio (nomeadamente, as extremidades: através do uso de um cachecol, um gorro, luvas e calçado quente);
- Manter a casa quente (entre os 18 e os 21 graus);
- Manter-se em contacto e atento aos outros;
- Estar especialmente atento caso tenha alguma doença crónica ou problema de saúde, dado que “as temperaturas extremas e frias são factor de descompensação”, diz Graça Freitas, directora-geral da saúde.
Outras recomendações
importantes são:
- Manter a correcta ventilação das
divisões com lareiras, braseiras, salamandras ou equipamentos de
aquecimento a gás;
- Evitar dormir/descansar muito perto
da fonte de calor;
- Apagar ou desligar os sistemas de
aquecimento antes de se deitar ou sair de casa;
- Promover uma boa circulação de ar,
não fechando completamente as divisões da casa, mas evitando as correntes
de ar frio;
- Atenção à utilização de botijas de
água quente, para evitar o risco de queimadura;
- Usar várias camadas de roupa, em
vez de uma única muito grossa, e não demasiado justas para não dificultar
a circulação sanguínea;
- Fazer refeições mais frequentes
encurtando as horas entre elas, dando preferência a sopas e a bebidas
quentes, como leite ou chá;
- Aumentar o consumo de alimentos
ricos em vitaminas, sais minerais e antioxidantes (por exemplo, frutos e
hortícolas), pois contribuem para minimizar o aparecimento de infeções;
- Evitar bebidas alcoólicas, que
provocam vasodilatação com perda de calor e arrefecimento do corpo.
A DGS sublinha que todos
estes cuidados devem ser reforçados no caso dos grupos mais vulneráveis, ou
seja:
- Crianças
nos primeiros anos de vida;
- Pessoas com 65 ou mais anos ou com
mobilidade reduzida;
- Portadores de doenças crónicas;
- Pessoas que desenvolvem actividade
no exterior;
- Praticantes de actividade física no
exterior;
- Pessoas que consomem álcool em
excesso ou drogas ilícitas;
- Pessoas isoladas ou em carência
social e económica.