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​PGR diz que não poderia deixar de averiguar "factos graves" sobre caso IURD

20 dez, 2017 - 19:39

Auditoria à actuação do Ministério Público tem por finalidade ver se houve incorrecções e irregularidades e retirar as respectivas consequências, afirma Joana Marques Vidal.

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A procuradora-geral da República diz que não poderia deixar de averiguar os factos graves que tem vindo a público sobre o caso de crianças acolhidas num lar da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

"A auditoria tem por finalidade ver se houve incorrecções e irregularidades e retirar as respectivas consequências. Os factos que têm vindo a público são graves e nós não poderíamos deixar de averiguar tudo até ao que conseguirmos saber", frisou.

Joana Marques Vidal, que falava no final de uma missa, em Lisboa, em memória das mais de 100 pessoas que morreram nos incêndios deste verão, fazia assim referência ao inquérito que ordenou sobre os procedimentos do Ministério Público (MP) no caso de crianças acolhidas num lar da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e que terão sido irregularmente encaminhadas para adopção.

"Este é um inquérito interno, uma auditoria que vai fazer um levantamento de todos os casos existentes, ver quais os procedimentos que o Ministério Público teve, qual o enquadramento legal na altura", disse a Procuradora-geral da República adiantando que "se houver factos suscetíveis de procedimento disciplinar, e que não tenha prescrito, haverá lugar a isso".

A TVI tem vindo a exibir uma série de reportagens denominada "O Segredo dos Deuses", na qual noticia que a IURD esteve alegadamente relacionada com o rapto e tráfico de crianças nascidas em Portugal.

Os supostos crimes teriam acontecido na década de 1990, com crianças levadas para um lar em Lisboa, que teria alimentado um esquema de adoções ilegais em benefício de famílias ligadas à IURD que moravam no Brasil e nos Estados Unidos.

Segundo informações avançadas pela TVI, a IURD tem atualmente nove milhões de fiéis, espalhados por 182 países, 320 bispos e cerca de 14 mil pastores.

Esta igreja evangélica foi fundada no final da década de 1970, e é liderada pelo bispo Edir Macedo, considerado um os homens mais ricos do Brasil.

A IURD refuta as acusações de rapto e de um esquema de adoção ilegal de crianças portuguesas e considera-as fruto de "uma campanha difamatória e mentirosa".

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