21 dez, 2017 - 10:44
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A ex-presidente da associação Raríssimas foi constituída arguida no âmbito do processo em que é suspeita de vários crimes cometidos à frente das duas instituições que geria.
Paula Brito e Costa está sujeita apenas a Termo de Identidade e Residência (uma medida automática a partir do momento em que se é constituído arguido), mas poderá ver a medida de coação agravada quando for presente a um juiz.
A ex-presidente da Raríssimas e ainda directora da Casa dos Marcos é suspeita da prática dos crimes de peculato, falsificação e recebimento indevido.
O Ministério Público tem em curso uma investigação à apropriação ilícita de recursos financeiros da associação Raríssimas (uma instituição particular de solidariedade social – IPSS) com recurso a procedimentos irregulares de vária natureza, nomeadamente no reembolso de supostas despesas decorrentes do exercício de funções, documentação falsa e pagamento indevido pela associação de viagens a titulares de cargos públicos.
Esta quinta-feira, a Polícia Judiciária realizou buscas na Casa dos Marcos, na Moita, e na residência de Paula Brito e Cunha. A operação estendeu-se ao gabinete de ex-secretário de Estado de Saúde, Manuel Delgado, à sede da Raríssimas em Lisboa e a um gabinete de contabilidade que colaborava com a associação.
O “caso Raríssimas” teve origem numa investigação da TVI, divulgada no dia 9. A reportagem mostrou documentos que colocam em causa a gestão de Paula Brito e Costa à frente da instituição de solidariedade social e um alegado uso do dinheiro destinado à associação Raríssimas e à Casa dos Marcos (criada para tratar e acolher pacientes com doenças raras) em gastos pessoais.