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Cáritas entrega oito casas a vítimas dos incêndios de Mação

22 dez, 2017 - 08:37

Instituição investiu perto de 130 mil euros de um total de 1,7 milhão de euros angariados através de donativos e ofertórios de uma missa dominical nacional.

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A Cáritas diocesana de Portalegre-Castelo Branco entregou, na quinta-feira, oito habitações recuperadas, total e parcialmente, às vítimas dos incêndios florestais de Julho e Agosto em Mação (distrito de Santarém).

A entrega destas habitações no período natalício resultou de “um compromisso” com estas oito famílias das freguesias de Carvoeiro e Envendos, “que foi possível cumprir em tão curto espaço de tempo”, devido ao “envolvimento e generosidade da paróquia, da autarquia, dos empreiteiros contratados, e pela generosidade do povo português, através dos seus donativos”, no âmbito da campanha nacional “Cáritas, com Portugal, apoia vítimas dos incêndios”, afirma o presidente daquela Cáritas.

“O total resultante dos donativos e ofertórios foi de 1,7 milhões de euros, dos quais 560 mil euros cabem a esta diocese para a requalificação de 15 casas, que foram destruídas de forma total ou parcial, sendo estas oito em Mação, e mais uma que a paróquia adquiriu, duas em Vila de Rei, duas em Abrantes, uma em Gavião e uma outra em Vila Velha de Rodão", explicou.

Segundo Elicídio Bilé, na requalificação destas oito habitações e de equipamento para duas empresas familiares, a Cáritas de Portalegre-Castelo Branco investiu cerca de 130 mil euros.

Além das 15 habitações, a Cáritas vai apoiar cerca de três dezenas de famílias em quatro freguesias de Oleiros na construção de currais, galinheiros e capoeiras, e na aquisição de algumas centenas de porcos, galinhas, outras aves e ovelhas, a que se juntam 280 colmeias e respectivos enxames, visando a reposição de fontes de rendimento perdidas nos incêndios.

Elicídio Bilé lembra o "período difícil que as pessoas viveram na sequência dos incêndios que devastaram cerca de 80% do território" de Mação e apela à oferta de bens que possam ser disponibilizados para estas pessoas poderem "enriquecer a sua casa", uma vez que perderam todos os seus haveres nos sinistros do último Verão.

Terra esquecida?

D. Antonino Dias, bispo da diocese de Portalegre-Castelo Branco, reforça o apelo afirmando que "Mação e os territórios do interior são uma porção de terra esquecida, discriminada e só ouvida por estas alturas. Parece que somos secundarizados".

O presidente da Câmara de Mação, Vasco Estrela (PSD), por sua vez, agradece o "rigor e a competência" da Cáritas diocesana num processo que "permitiu cumprir o objectivo de que o Natal pudesse ser o tempo de devolução das casas às famílias afectadas" tendo manifestado a sua "revolta pela injustiça a que municípios, como o de Mação, têm sido altamente discriminados", referindo-se aos apoios que não chegaram às empresas, agricultores e ao nível de comida para os animais.

“Não estamos a ser tratados todos por igual, mas a Cáritas tem essa visão global e trata todos por igual", sublinhou, tendo defendido que "a requalificação e devolução das habitações às suas famílias possa ser replicado e seja sinónimo de esperança e de reconstrução de um concelho com futuro”.

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