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Governo quer tirar saleiros das mesas e incentivar compra de alimentos biológicos

29 dez, 2017 - 10:59

Outra das medidas passa por incentivar a adopção de medidas para limitar a publicidade destinada a menores de produtos alimentares com excesso de sal, açúcar e gordura.

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O Governo quer retirar os saleiros das mesas dos restaurantes, estender a todos os organismos do Estado as restrições de venda de alimentos nas máquinas automáticas e incentivar as opções pela produção biológica nas compras públicas.

De acordo com a Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS), publicada em “Diário da República”, esta sexta-feira, pretende-se também incentivar as empresas do sector agroalimentar a reduzir o tamanho das porções dos alimentos e bebidas pré-embalados.

Entre outras medidas propostas pelo grupo de trabalho criado em 2016 para elaborar esta estratégia estão igualmente a existência de dispensadores de água gratuitos ou a distribuição de água nos serviços e organismos da administração directa e indirecta do Estado, promovendo o seu consumo.

É ainda proposto o alargamento das orientações já existentes para a oferta alimentar em meio escolar e provenientes do Ministério da Educação a todos os níveis de ensino, nomeadamente ao ensino superior, e das orientações para os refeitórios escolares relativas ao sal iodado a outras cantinas/refeitórios, além das escolas.

A EIPAS prevê igualmente que se alarguem as políticas de limitação do volume e oferta dos pacotes de açúcar individuais à totalidade dos agentes económicos responsáveis pela refinação e distribuição do açúcar e que se incentive o setor da restauração a evitar a disponibilização de bebidas açucaradas na modalidade “free refill” (livre enchimento).

No texto hoje publicado em DR, as autoridades sublinham ainda que "os estudos científicos demonstram também que a prevalência destas doenças é muito elevada na população portuguesa, sendo que cerca de 1 em cada 4 portugueses possui hipertensão arterial e 1 em cada 10, diabetes".

"Actualmente, e em Portugal, os hábitos alimentares inadequados são o factor de risco que mais contribui para o total de anos de vida saudável perdidos pela população portuguesa (15,8%) e um determinante importante da doença crónica, representando mais de 86% da carga de doença no nosso sistema de saúde", refere o documento.

O Governo quer ainda incentivar a adopção de medidas pelos operadores económicos para limitar a publicidade destinada a menores de idade de produtos alimentares com excesso de sal, açúcar, gordura, nomeadamente trans, e energia em eventos em que participem menores, designadamente atividades desportivas, culturais e recreativas.

A estratégia prevê também a construção de um portal de informação sobre o pescado e o seu valor nutricional, com materiais interactivos para o sistema de ensino, e propõe o alinhamento das prioridades de financiamento das linhas de investigação nos laboratórios do Estado e agências de financiamento com as prioridades nacionais da área da promoção da alimentação saudável.

No âmbito da alimentação saudável, depois de ter criado novas regras para os alimentos a disponibilizar nas máquinas automáticas de venda nas unidades de saúde e nas escolas, o Governo assinou protocolos com a indústria alimentar para reduzir o tamanho dos pacotes de açúcar, e com os industriais de panificação para reduzir o teor de sal no pão, além de ter aprovado a tributação das bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes.

Comentários
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  • Alberto
    30 dez, 2017 FUNCHAL 12:16
    O Cancro custa MILHÕES ao País. Não será melhor PROIBIR certas "coisas" que causam cancro do colo do Útero e da boca?!!
  • Carlos Alberto
    30 dez, 2017 Sintra 09:32
    Porque o governo , ao inves de tirar o sal das mesas , nao aplica uma lei que nao se use mais , mesmo e principalmente em restaurantes o sal refinado, esse sim um veneno, e se use o sal nao refinado, a flor do sal, esse nao causa pressao alta, ao contrario, regula a pressao e faz bem a saude.
  • Filipe
    29 dez, 2017 évora 22:17
    Então metam quem pratica desporto a água ! Incompetentes ! Em vez de instruírem os médicos de família a ensinarem as pessoas a comerem conforme as necessidades basais e ativas a cada pessoa , cortam com tudo como fosse 605 forte ! Não é ! Existem pessoas saudáveis que tem o direito de consumirem tudo ! O que querem eu digo : Matarem uma quantidade de velhos e velhas no Verão para deixarem de pagar reformas ! Morrem tal e qual como morreu os tipos dos Comandos , desidratados e com insuficiência cardíaca . O Sal é um composto de minerais que alimento e regulam o bom funcionamento do coração , se em excesso , basta suar para o eliminarmos ... ele sai por si pelos poros da pele ! O que querem é incutir nos menos informados para não o consumir ... e o pouco que se consome não chega para fazer face às altas temperaturas acontecidas recentemente . A água que é mais de 70 % no humano precisa do sal para se reter , caso evapora e desidrata , causando arritmias e insuficiências cardíacas . Vejam quantas pessoas idosas morreram este ano ! Ensinem as pessoas a comerem hidratos carbono , gorduras e proteínas , depois as vitaminas e sais minerais , não lhes digam onde fica o cemitério !
  • fanã
    29 dez, 2017 aveiro 18:40
    Querem mandar no Povo , e em tudo !!!...........más lembranças me vem a memoria !
  • Ora, diga!
    29 dez, 2017 Lisboa 18:17
    Eu só vejo bom-senso nas medidas anunciadas. Naturalmente, cada qual fará as opções que entender. Se tiver predilecção por pneus e lhe aprouver transformar-se num boneco da "Michelin", pois faça favor. Agora, não vejo nenhuma "ditadura estalinista" em nada do que vem escrito, e só lamento que não haja água capaz de lavar a raiva cega de certas pessoas que até em relação a uma notícia destas se manifesta.
  • Piedade
    29 dez, 2017 Almada 17:42
    Há 43 anos livrámo-nos de uma ditadura política. Agora caminhamos para uma ditadura alimentar. Não sei qual seja a pior.
  • Joanes
    29 dez, 2017 Fanto 14:07
    A ditadura estalinista está em marcha. Preparem-se para a Perestroika... Se conseguirem lá chegar!
  • Jose Melo
    29 dez, 2017 Italia 11:44
    Em Portugal o problema do sal na alimentaçao vem das cuzinhas dos restaurates, industrias de conservaçao e nao sò. E' preciso convencer os cuzinheiros e produtores industriais para utlizar menos tempero durante a preparaçao das refeiçoes e produtos varios. Tirar os saleiros das mesas nao resolveria nada pois cada um è livre de temperar come lhe apetece, por habito atè pode trazer o sal de casa no bolso tendo em conta a limitadissima quantidade necessaria !!!! Bom apetite

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