Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Incêndios. Jerónimo considera “escândalo” ainda haver populações sem comunicações

13 jan, 2018 - 17:51

Líder comunista deixa críticas à empresa PT/Altice por só estar a pensar em lucros e não nas pessoas afectadas.

A+ / A-

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considera "uma situação inaceitável e um escândalo" que, três meses após os incêndios de Outubro, ainda haja pessoas sem comunicações fixas.

Ao intervir num almoço em Moimenta da Beira, no distrito de Viseu, criticou os "grupos económicos que são apenas determinados pela obtenção do lucro máximo, negligenciando as necessidades e interesses das populações, como é o caso da PT/Altice".

"Há três meses que muitas das nossas aldeias devastadas pelos incêndios esperam ligações de comunicação fixas. Três meses sem comunicações é uma situação inaceitável e um escândalo que nós não podemos calar", frisou.

Três meses após os incêndios de 15 de Outubro, há ainda várias aldeias e zonas em perímetro urbano onde não há acesso à rede fixa ou à internet, prevendo a Altice repor totalmente os serviços "a muito breve trecho".

Contactados pela agência Lusa, três municípios do distrito de Coimbra (Arganil, Góis e Pampilhosa da Serra) e quatro do distrito de Viseu (Tondela, Vouzela, Carregal do Sal e Oliveira de Frades) confirmaram que há aldeias que continuam sem qualquer acesso à rede fixa, havendo ainda problemas nas comunicações nas vilas de Oliveira de Frades e da Pampilhosa da Serra.

Numa resposta enviada à Lusa, a Altice disse que prevê "que a reposição total dos serviços esteja feita a muito breve trecho", explicando que a operação foi dificultada pela tempestade Ana, "pelas condições topográficas do terreno e pela afectação dos 'stocks' (concretamente postes) da Altice Portugal, já que alguns fornecedores foram também afectados".

Durante o discurso, Jerónimo de Sousa lamentou que concelhos como o de Moimenta da Beira sejam "o espelho de um interior" que hoje se poderia chamar "terras do abandono, tal tem sido a opção da política de direita de sucessivos governos, agravada até aos limites pelos quatro anos de governo de PSD/CDS a executar a política negociada com a 'troika' estrangeira".

"Aí os vemos agora, a empoleirar-se em juras de amor eterno ao interior, a desdobrar explicações para os problemas, a dar sentenças de como se deve fazer para os resolver", criticou.

Na região em que se encontrava apontou, por exemplo, que "continua por fazer a ligação entre Lamego e Trancoso, prevista no Plano Rodoviário Nacional, ou as barragens para valorizar o regadio ou a reabertura do SAP".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • pardal
    14 jan, 2018 figueira 18:54
    Mas não é o não ter telefone que que causa os incêndios, ou o ter telefone e evitar o fogo!
  • Carlos Amaral
    13 jan, 2018 Ervedal da Beira 20:53
    Oliveira do Hospital é um concelho do distrito de Coimbra e não possui comunicaçoes fixas desde 16/10/2017 . .
  • Antonio Lourenço
    13 jan, 2018 viseu 19:58
    É mesmo uma vergonha só uma empresa do terceiro mundo conseguia não ter capacidade para fazer este trabalho Aprendam e para a próxima não aplaudam os pafianos que entregaram as empresas portugueses ao lixo que agora está á frente delas tudo por uns lugares na administração
  • MASQUEGRACINHA
    13 jan, 2018 TERRADOMEIO 18:06
    E, se calhar, a pagarem a tençazinha todos os meses, que a fidelização não perdoa...

Destaques V+