14 jan, 2018 - 01:26
Os feridos mais graves do incêndio ocorrido em Vila Nova da Rainha, Tondela, vão ser transferidos para unidades do Porto e de Lisboa, disse o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
Em declarações aos jornalistas cerca das 00h30, Fernando Araújo explicou que o incêndio na associação de Vila Nova da Rainha fez oito mortos e provocou ainda 35 feridos, que foram levados para os hospitais de Tondela, de Viseu e de Coimbra, "onde estão a ser estabilizados".
"Alguns dos quais, os mais graves, queimados, serão transportados para unidades quer do Porto, quer de Lisboa", referiu, acrescentando que um adolescente, de 15 anos, poderá também ser transferido para Lisboa.
No entender do secretário de Estado, "foram activados todos os meios considerados necessários".
"As quatro VMER (Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação) com equipas de suporte avançado de vida, três helicópteros, um dos quais do Ministério da Defesa, e um conjunto elevado de meios quer do INEM, quer dos bombeiros, quer da Protecção Civil que têm actuado em conjunto, de forma articulada, para dar uma resposta efectiva a esta situação que é muito grave", enumerou.
Fernando Araújo disse que se encontra ainda no local "uma unidade de psicólogos que está a dar apoio aos familiares e irá articular-se quer com a Protecção Civil, quer com a autarquia, neste momento e nos próximos dias", de forma a haver "uma resposta adequada para os familiares".
Lembrando que a região de Tondela foi muito afectada, no ano passado, pelos incêndios florestais, o responsável lamentou esta "nova catástrofe".
"Temos que ter a capacidade de darmos o apoio necessário para conseguir ultrapassar também esta fase de luto", frisou.
Ao local deslocou-se também o secretário de Estado da Protecção Civil, José Artur Tavares Neves, que realçou a "mobilização imediata" dos meios, apesar de "alguma dificuldade do local", numa rua estreita da aldeia.
O presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, disse ser "fundamental criar recursos e estratégias para dar apoio às vítimas, aos seus familiares e a quem vive nesta comunidade".