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Trabalhadoras da antiga Triumph vão ao Conselho de Ministros entregar "lingerie"

17 jan, 2018 - 17:24

Iniciativa visa apelar ao Governo que intervenha para evitar o encerramento da fábrica, que produz roupa interior feminina. A administração anunciou, em Novembro, a abertura um processo de reestruturação que prevê o despedimento de 150 pessoas.

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As trabalhadoras da antiga Triumph vão deslocar-se na quinta-feira à Presidência do Conselho de Ministros para entregar, simbolicamente, uma peça de "lingerie" e apelar ao Governo que intervenha para evitar o encerramento da fábrica.

A iniciativa, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Curtumes do Sul, vai decorrer a partir das 11h30 e contará com uma acção paralela na Baixa de Lisboa, segundo disse à agência Lusa a sindicalista Mónica Antunes.

"Esta será mais uma forma de luta destas trabalhadoras porque o protesto não pode ser sempre aqui, à porta da fábrica. Vamos distribuir panfletos para a Rua Augusta e vamos ao Conselho de Ministros pedir uma resposta", explicou.

A sindicalista referiu que as trabalhadoras vão levar consigo uma peça de "lingerie" para entregar aos ministros e que esperam poder ser recebidas.

A fábrica da antiga Triumph (de roupa interior feminina), sediada na freguesia de Sacavém, concelho de Loures, foi adquirida no início de 2017 pela TGI-Gramax e emprega actualmente 463 trabalhadores.

No entanto, em Novembro, a administração da empresa comunicou aos trabalhadores que iria ocorrer um processo de reestruturação, que previa o despedimento de 150 pessoas.

No dia 5 de Janeiro, depois de tomarem conhecimento de que a administração tinha iniciado um processo de insolvência, os trabalhadores iniciaram uma vigília, que ainda se mantém, à porta das instalações para impedir a saída de material à fábrica.

Durante esse tempo, deputados, autarcas e sindicalistas deslocaram-se às instalações da antiga Triumph para levar mantimentos e demonstrar a sua solidariedade.

Entretanto, na terça-feira, o ministro da Economia, Caldeira Cabral, disse esperar que se encontre uma "solução" para a Têxtil Gramax, admitindo a existência de interessados na fábrica, mas caso não seja possível "que pelo menos se acautele os direitos dos trabalhadores".

Comentários
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  • ALEXANDRE REIGADA
    26 jan, 2018 Lisboa 15:40
    Entretanto, um desfecho digno para a luta destas trabalhadoras. A persistência e o seu sacrifício pessoal, desde 5 de Janeiro, deram resultado positivo, apesar de tudo. A fábrica fecha, infelizmente, mas ao menos recebem salários em atraso e direito ao subsídio de desemprego. Quando as pessoas se unem por um bem comum, o poder político treme. Um exemplo notável de cidadania e acção cívica, a demonstrar de quem é realmente o poder.. Espero que prontamente encontrem trabalho. Coragem, a vida continua!
  • Revoltado
    17 jan, 2018 Indignação 19:38
    E foi comprada...ou "desviada"?
  • ALEXANDRE REIGADA
    17 jan, 2018 Lisboa 19:17
    Caro Zé, agradeço sua correcção: a Triumph International é de facto alemã, e foi entretanto vendida .
  • Joao
    17 jan, 2018 Porto 18:39
    A triumph não é uma marca portuguesa mas sim alemã.
  • 17 jan, 2018 LX 18:12
    "Mais uma marca portuguesa extinta" Caro Alexandre, infelizmente não é, antes o fosse, é sim alemã. Mas é isto que espera a uma boa parte destas indústrias que ainda sobraram, deslocar-se para países com mão-de-obra ainda mais barata, tipo leste da Europa, sudoeste asiático ou até mesmo África. A abertura dos mercados é isto e muito mais. Quanto ao resto está coberto de razão, só restam mesmo os turistas...
  • ALEXANDRE REIGADA
    17 jan, 2018 Lisboa 17:55
    Vergonha. Mais um marca portuguesa extinta. Aos poucos o país vai-se tornando numa horta dos fundos para turistas estrangeiros. Ao povo escravo português, cretino e imbecil que sistematicamente elege corruptos e inimputáveis, resta segurar na bandeja. Um conselho, entreguem granadas no Conselho de Ministros, na administração da Tiumph. Este povo dá pena, nem assim se revoltam a sério.

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