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Espera por consultas prioritárias em hospitais do SNS chega a atingir mais de dois anos

22 jan, 2018 - 16:39

A denúncia parte do Sindicato Independente dos Médicos. Mais de metade dos hospitais públicos portugueses está a falhar os tempos máximos de resposta legalmente previstos para primeiras consultas de especialidade.

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Utentes dos hospitais públicos chegam a esperar mais de dois anos por uma primeira consulta prioritária de oftalmologia e um ano e meio por uma de pneumologia, segundo indicadores que constam do portal do Serviço Nacional de Saúde.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) veio denunciar, esta segunda-feira, que mais de metade dos hospitais públicos portugueses está a falhar os tempos máximos de resposta legalmente previstos para primeiras consultas de especialidade.

Segundo os indicadores oficiais consultados pela agência Lusa, vários hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão a ultrapassar os tempos máximos de resposta garantidos para as primeiras consultas de especialidade.

Nas consultas de oftalmologia, por exemplo, o hospital distrital das Caldas da Rainha tem um tempo médio de resposta à primeira consulta de 813 dias para os casos muito prioritários e de 832 para os casos normais.

O tempo máximo de resposta garantido definido pela lei para os casos muito prioritários é de 30 dias e para os casos normais é de 150 dias.

Ainda na oftalmologia, o hospital de Vila Franca de Xira tem uma média de espera de 445 dias para os muito prioritários.

No caso da pneumologia, por exemplo, no hospital Padre Américo Vale do Sousa há uma espera média de 431 dias para os doentes muito prioritários e de 647 dias para os doentes normais.

De acordo com uma nota hoje divulgada pelo Sindicato Independente dos Médicos, mais de 70% dos hospitais não cumprem os tempos de resposta máximos para a oftalmologia, situação semelhante passa-se na ortopedia, na reumatologia ou na neurocirurgia.

“A grande maioria dos hospitais do SNS debate-se com enormes problemas no cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos para primeira consulta hospitalar, sendo várias as especialidades em que mais de metade dos hospitais apresenta um tempo médio de resposta superior ao máximo legalmente estabelecido”, refere o Sindicato.

O SIM vinca que há hospitais com mais de dois anos de espera para consulta, como é o caso de Oftalmologia em que o tempo médio de espera chega a atingir dois anos e dez meses, ou a otorrinolaringologia que chega a atingir os dois anos e nove meses de espera para consulta.

“Apesar de tudo isto, o Ministro da Saúde persiste em não aceitar a proposta dos sindicatos para o aumento do número de horas semanais alocadas à consulta dos médicos hospitalares”, refere o sindicato, lembrando que actualmente “praticamente metade do horário semanal normal de um médico hospitalar”, ou seja, 18 das 40 horas semanais, está alocado à urgência.

Comentários
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  • ZE
    23 jan, 2018 Lisboa 12:51
    O orçamento não estica logo não há nada para ninguém.Desde a criação de consultas extraordinárias como fazem com os programas de cirurgias ,a convenções com privados,contrataçoes de médicos estrangeiros temporariamente e outrs soluções poderiam ser adoptadas,mas não há guito á que pagar ou aguentar.Sempre foi assim ,estamos melhor ,mas é preciso atingir outros padroes de excelência e deixar os profissionais trabalhar e não baralhar tudo com excesso de burocracia e atividades n clinicas.Sinas da ERS e companhia,estatisticas,sistemas eletronicos irrealistas e pouco ágeis de costas voltadas etc.O SNS é uma estrutura nacional comandada por agentes políticos quasi na totalidade desde o ministério aos hospitais por quadros políticos.Nos CS e outros depende da disponibilidade ou desmeritocracia.isto é competências especificas reconhecidas em academias.
  • ESQUERDAS DA TANGA
    22 jan, 2018 Lx 19:29
    Assim se vê, com as cativações tanto do agrado das esquerdas unidas, estão a fazer implodir o SNS..:As esquerdas unidas a destruir o SNS indo além da troyka. Quem diria que a esquerda folclórica iria ser capaz de destruir o SNS e a escola pública..Parabém tralha social fascista.

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