22 jan, 2018 - 16:59
Os dois incêndios que a 15 de Outubro de 2017 devastaram 86% do Pinhal de Leiria tiveram "mão criminosa", disse fonte da Polícia Judiciária (PJ) de Leiria, adiantando que a investigação ainda não terminou.
Em declarações à Lusa, a fonte da PJ de Leiria não adiantou detalhes sobre o método usado para atear os incêndios que destruíram a grande maioria daquela mancha florestal, frisando que a investigação se mantém e que o inquérito "ainda não terminou".
No sábado, o jornal "Expresso" afirmava que num dos incêndios do pinhal de Leiria "foi usado um engenho artesanal para atear o fogo", embora os investigadores não tenham ainda conseguido identificar os autores.
Estes incêndios destruíram mais de 80% do Pinhal do Leiria, naquele que foi considerado o pior dia do ano de 2017 em fogos.
Neste dia e no seguinte morreram 45 pessoas vítimas dos incêndios florestais que atingiram sobretudo a região Centro.
O "Expresso" afirmava igualmente que os fogos que nesses dias deflagraram no distrito da Guarda foram resultados de queimadas iniciadas por dois pastores locais.
Por outro lado, na quinta-feira, o investigador Paulo Fernandes disse que o fogo que no mesmo dia deflagrou na Lousã, no distrito de Coimbra, teve origem num “acidente eléctrico”.
Um pinhal descontínuo
O ministro da Agricultura esteve esta segunda-feira na Manhã da Renascença e garantiu que o pinheiro vai ser a árvore dominante no Pinhal de Leiria, mas de forma descontinuada.
“Será fundamentalmente um pinhal, porque ali a mata tem de ter uma função de fixação das dunas, que esteve aliás na sua génese, mas iremos procurar que seja um pinhal tão descontínuo quanto possível, intercalando folhosas e espécies resistentes ao fogo”, disse Capoulas Santos.