26 jan, 2018 - 17:25 • Olímpia Mairos
O ministro do Ambiente apresentou esta sexta-feira, em Montalegre, os projectos de restauro e de prevenção contra incêndios das áreas protegidas do Douro Internacional, Montesinho, Tejo Internacional e Serra da Malcata, num investimento de quatro milhões de euros.
Estes projectos pretendem promover a prevenção estrutural contra incêndios e restaurar áreas florestais relevantes para a conservação da natureza, afectadas por incêndios em 2017, e mobilizar equipamentos e meios para a execução das acções no domínio da prevenção, da vigilância e da recuperação de "habitats".
Entre as medidas comuns a todas estas áreas protegidas, estão a aposta na prevenção e vigilância, campanhas de sensibilização para boas práticas silvopastoris, campos de alimentação para aves necrófagas e contratação de equipas de sapadores florestais.
Em Montalegre, onde foram apresentadas seis equipas do corpo nacional de agentes florestais, com 30 homens, o ministro do Ambiente anunciou a contratação de mais 25 pessoas para integrarem o corpo nacional de agentes florestais que vão reforçar a prevenção e vigilância em áreas cinco protegidas.
Segundo o governante, os operacionais a contratar vão reforçar a prevenção e vigilância nas áreas protegidas.
“Começámos há um ano com o projecto-piloto da Peneda-Gerês e tivemos muito bons resultados, porque tivemos mais 50 homens no terreno, o que fez com que tivéssemos uma muito maior capacidade de agir e de apagar os fogos logo no início”, afirmou, ressaltando que “a prevenção estrutural é muito mais do que isso e, por isso, é que, passada a época de incêndios, estes mesmos 50 homens já limparam 80 quilómetros de caminhos e 80 hectares de terreno”.
Segundo a resolução do conselho de ministros n.º167/2017, publicada a 2 de Novembro, no Diário da República, a estimativa orçamental para a concretização dos projectos de prevenção e restauro nas cinco áreas protegidas é de quatro milhões de euros, a aplicar até 2020.
Para o Parque Natural do Tejo Internacional, que inclui o Monumento Natural das Portas de Ródão, estão destinados cerca de 1,4 milhões de euros.
O Parque Natural de Montesinho contará com 1,3 milhões de euros, o Douro Internacional com 900 mil euros e a Reserva da Serra da Malcata com 417 mil euros.
No Tejo Internacional vão ser reconvertidas áreas de eucaliptais abandonados e aumentadas as áreas de azinhais e zimbrais e, em Montesinho, vão ser valorizados 200 hectares de habitat do lobo ibérico.