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Ministro admite que Kamov estão parados, mas empresa vai ser responsabilizada

31 jan, 2018 - 17:01

O ministro Eduardo Cabrita explicou, numa comissão parlamentar, como será reforçado o Grupo de Intervenção de Protecção e Segurança e o papel da Força Aérea no combate aos incêndios.

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O Ministro da Administração Interna admite que toda a frota de helicópteros Kamov do Estado está parada, mas garante que têm que ser substituídos pelas empresas responsáveis pela manutenção.

Esta tarde no Parlamento, confrontado com as noticias dos últimos dias, Eduardo Cabrita esclareceu que para alem dos três aparelhos que estão inoperacionais há muito tempo dois entraram em processo de manutenção e outro terá que ser substituído em breve.

“Estamos com meios que estão em manutenção corrente e que estão substituídos nesta época baixa, por outros meios. É a chamada manutenção de dez anos de funcionamento, determinada obrigatoriamente.”

“Relativamente ao aparelho, que soubemos a semana passada que havia um problema de certificação de uma peça com a ANPC, a questão está a ser discutida”, diz o ministro, “mas já notificámos a empresa para cumprir o contrato, isto é, para indemnizar ou encontrar os meios de substituição que são aqui necessários.”

Já sobre a prometida entrada da Força Aérea na gestão dos meios afectos à protecção civil e à segurança, o ministro voltou a não se comprometer com nenhuma solução concreta. Eduardo Cabrita lembra que existe um grupo de trabalho a estudar o assunto, embora reconheça que em 2018 e 2019 ainda vai precisar de privados para gerir a frota.

“O reforço do GIPS [Grupo de Intervenção de Protecção e Segurança] será feito quer por algum recrutamento dentro dos actuais elementos, que farão uma formação específica de cerca de dois meses, quer novos elementos que farão a parte inicial da formação de nove meses, depois a formação específica do GIPS, estarão em funções na época mais crítica e depois voltarão para acabar a sua formação. A garantia é que isto não será feito à custa da força territorial.”

Ainda no âmbito da reforma do sistema de prevenção e combate aos incêndios florestais, o Ministro da Administração Interna deu esta quarta-feira mais algumas pistas sobre como pretende reforçar a GNR a tempo dos incêndios.

Parte significativa dos novos 600 elementos vai tirar o curso precisamente a trabalhar nos incêndios. “Teremos de operar ainda em 2018 e 2019 ainda significativamente com meios privados, mas teremos um reforço adicional de intervenção da Força Aérea, através de mecanismos como a vigilância térmica preventiva, utilizando aeronaves como o C295, a pedido da Protecção Civil, que estarão disponíveis em 2018.”

Tudo isto sem prejudicar o efectivo normal da GNR espalhado pelo país, garante Eduardo Cabrita.

Comentários
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  • Cidadao
    31 jan, 2018 Lisboa 20:11
    Estão a protelar a entrada da Força Aérea - de onde nunca devia ter saído - no combate aos fogos. Há lobbys muito poderosos e o Cartel do Fogo é implacável. Há muito dinheiro a ganhar com o fogo, e se a Força Aérea entrar... os lucros descem. Era em 2018, agora já façl que não é em 208 nem em 2019, e daqui a nada está a dizer que pensaram melhor e o investimento não compensa. Compensa é pagar fortunas a privados...
  • fanã
    31 jan, 2018 aveiro 20:03
    Responsabilizada de quê ??????......................Tomam-nos por parvos !
  • x
    31 jan, 2018 19:00
    Estes hélis são um dos melhores, senão os melhores para as tarefas que foram adquiridos. Que não hajam duvidas. Os demeritos não estão nas aeronaves mas sim na sua compra, que nunca deveria ter acontecido. Para decidir nada custa. O que custa é acertar quando se quer inventar(?). Como diz o velho ditado: O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita. A intenção talvez - dou sempre o benefício da dúvidas - fosse boa. A decisão até (talvez) fosse boa, mas muito mal ponderada. Não que Costa estivesse mal aconselhado, mas decerto que, na minha opinião, não falou com todas as pessoas. Já havia alternativas, talvez não tão baratas, é certo, mas que se poderiam encaixar perfeitamente na componente militar e assim, quem sabe, termos mais e melhor por melhor e menos. Pena é que nestas coisas também possam haver razões de ordem ideológica para que a lógica seja outra e que escapa à minha compreensão, desde então. As "borradas" - essas- sejam de direita, sejam de esquerda, quem as "limpa" são sempre os mesmos. Restaurem e vendam os helicópteros rápidamente. Só tenho pena é de não conseguir sacar algum com a mais recente receita: "Kamov com todos". Bom apetite.
  • JR
    31 jan, 2018 Lisboa 17:54
    Os responsáveis são em primeiro lugar quem comprou esta porcaria, quem elaborou os cadernos de encargos, etc, etc e por aí adiante.
  • Antônio Ferreira
    31 jan, 2018 Póvoa 17:28
    A empresa que gere os kamov é pertencente ao dona da falida ricon. Que mandou 800 trabalhadores para o desemprego esta semana, por isso não sei quem tem de responder. Será mais um rombo de 44 milhões. Enfim, é o que está a dar... Vigarices...
  • KOSTA KAMOVs
    31 jan, 2018 Lx 17:20
    E os kamaradas Kosta e Lacerda Machado não são responsáveis de nada? Na altura foram eles os pais destes abortos chamados Kamovs...

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