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MP investiga o que aconteceu às análises recolhidas na Celtejo

05 fev, 2018 - 18:11

Inspetor-geral do Ambiente fala em "constrangimentos inusitados" na recolha de amostras das descargas no rio Tejo efectuadas pela empresa de celulose.

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Manto de espuma "dantesco" cobre Tejo em Abrantes
Manto de espuma "dantesco" cobre Tejo em Abrantes

O Ministério Público está a investigar o que aconteceu com as análises recolhidas na Celtejo, fábrica de pasta de papel localizada em Vila Velha de Ródão.

O incidente está a ser investigado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Castelo Branco, com base na denuncia feita pelo Ministério do Ambiente.

A informação foi avançada esta segunda-feira à tarde, em conferência de imprensa, pelo inspetor-geral do Ambiente.

Nuno Banza revelou o resultado das análises feitas em três unidades industriais e duas ETAR, para saber o que provocou a espuma poluente no rio Tejo.

Nuno Banza adiantou que, a 24 de janeiro, foram recolhidas amostras das ETAR de Vila Velha de Rodão, Abrantes e Mação, mas a primeira era pouco expressiva, por isso, ficou de fora.

A Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Abrantes encontra-se em incumprimento dos parâmetros a que está obrigada, mas os incumprimentos não são considerados "expressivos".

Foram ainda recolhidas amostras em três unidades industriais: Paper Prime, Navigator e Celtejo. As duas primeiras empresas estão a cumprir, mas em relação à Celtejo ainda não há resultados devido a "constrangimentos inusitados".

“No que se refere à unidade industrial da Paper Prime a amostra recolhida cumpre os valores a que a estava obrigada, no caso da Navigator a amostra recolhida cumpre os valores a que a estava obrigada, no caso da Celtejo os resultados são esperados na próxima semana”, disse Nuno Banza.

E isso acontece porque foi preciso tentar recolher, por três vezes, as amostras necessárias na Celtejo. O coletor automático não recolheu a amostra composta.

"Começámos por achar que era um mau funcionamento do coletor. Substituímos o coletor. Depois, começámos por achar que, talvez, pudesse haver risco para o coletor e pedimos à GNR para guardar o coletor, e depois decidimos que tínhamos que o retirar e pusemos três inspetores, durante 24 horas, permanentemente, a fazer as recolhas manuais, hora a hora", explicou o inspetor-geral do Ambiente.

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