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Governo reconduz Margarida Blasco como "polícia dos polícias"

15 fev, 2018 - 06:37 • Celso Paiva Sol

Juíza desembargadora, que está no cargo desde fevereiro de 2012, vai cumprir o seu terceiro mandato.

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O Governo reconduziu Margarida Blasco como Inspetora Geral da Administração Interna. A Renascença sabe que a renovação da comissão de serviço já foi aprovada pelo Conselho Superior de Magistratura.

Está no cargo desde fevereiro de 2012, nomeada pelo então ministro da Administração Interna Miguel Macedo, tendo sido reconduzida três anos depois por Anabela Rodrigues, ainda no Governo PSD-CDS.

Juíza desembargadora do Tribunal da Relação de Lisboa, de 61 anos, consolida um percurso já longo de colaborações e comissões de serviço em organismos ligados à área da justiça e da segurança interna, de onde se destaca a passagem pelo SIS, onde foi diretora geral entre 2004 e 2005.

Na IGAI, nos últimos seis anos, Margarida Blasco teve que gerir alguns casos mediáticos, na maior parte das vezes relativos a alegados abusos policiais.

Foi o caso dos agentes da PSP da Esquadra de Alfragide, que o Ministério Publico, entretanto, já acusou de tortura e descriminação contra jovens da Cova da Moura, bem como diversos casos de vitimas provocadas por disparos efetuados por policias – quase sempre durante perseguições - e ainda as várias situações que vão acontecendo no futebol, como a detenção de um adepto do Benfica em Guimarães.

Margarida Blasco também teve que investigar a forma como decorreram algumas manifestações de policias, em especial aquela em que centenas de membros de várias forças e serviços de segurança invadiram as escadarias do Parlamento.

As denuncias ou queixas formais contra membros da PSP e da GNR, são aliás a grande fatia do trabalho da IGAI. Nos últimos anos foram quase quatro mil os casos investigados.

O terceiro mandato de Margarida Blasco, agora por opção do ministro Eduardo Cabrita, terá inicio a 17 de fevereiro.

Comentários
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  • João Santos
    21 fev, 2018 Do mundo dos vivos 23:51
    Queria-se acção dessa senhora no combate à criminalidade e nas agressões aos policias, pois que os excessos são mais de quem não respeita a autoridade do estado representado pela ordem da policia e de um estado que de direito não tem nada sendo isenta e eficaz nesse combate, não tomar a cor politica porque sim, mas porque é a verdade dos factos muitas vezes engendrados no politicamente correto.

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