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​Poluição no Tejo. BE pede demissão do presidente da Agência do Ambiente

15 fev, 2018 - 20:00

Nuno Lacasta não se pronunciou sobre o pedido de demissão e defendeu-se dizendo que a revisão da licença de 2016 à Celtejo teve como objetivo a redução das descargas poluentes.

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O Bloco de Esquerda (BE) pede a demissão do presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, por causa da recente onda de poluição no rio Tejo.

O deputado bloquista Carlos Matias considera que caso haja responsabilidades da APA na revisão da licença de 2016 à Celtejo, que permitiu "triplicar" os valores de descarga de efluentes no rio Tejo, Nuno Lacasta tem que abandonar o cargo.

A posição foi assumida na comissão parlamentar de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, que está a ouvir o presidente da APA e a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) sobre a poluição no rio Tejo.

Nuno Lacasta não se pronunciou sobre o pedido de demissão e defendeu-se dizendo que a revisão da licença de 2016 à Celtejo teve como objetivo a redução das descargas poluentes.

“Foi determinado que os valores da nova licença deveriam ser, no mínimo, redução de carga orgânica efetiva em termos de 50% em relação à carência química de oxigénio, 70% para sólidos suspensos totais e azoto total. A nova licença terá já em consideração estes valores e só permitirá que a descarga da empresa ocorra em função do caudal e da capacidade de receção do rio”, disse o responsável aos deputados.

A comissão parlamentar também ouviu o inspetor-geral da IGAMAOT. Nuno Banza garante que neste processo não houve qualquer tipo de incompetência, revelando que há um balanço das inspeções realizadas na bacia do Tejo, durante o ano passado.

“Em 2017, na bacia do Tejo realizámos só em ações de inspeção 246 ações, das quais resultaram 115 autos de notícia”, anunciou Nuno Banza.

O inspetor-geral da IGAMAOT recorda que está a decorrer uma investigação do Ministério Público às descargas no Tejo, pelo que não se quis alongar em mais explicações sobre a onda de poluição.

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  • DR XICO
    16 fev, 2018 LISBOA 12:18
    Só uma demissão não chega isso é o que querem as celuloses, e os inspectores que cuidam das amostras? a justiça que lhe aplica as multas? o ministro vem dizer hoje que o Tejo já não tem poluição hoje que os níveis de oxigénio estão repostos PARA QUÊ??? onde estão os peixes? o Tejo morreu e agora anda tudo em bicos dos pés como se não soubessem nada
  • cacupeto
    16 fev, 2018 évora 09:20
    o habitual assobiar para o lado. como se demitir um director geral resolvesse alguma coisa! o presidente da apa é competente e dedicado, no enredo de país que somos é difícil fazer mais e melhor. já se pensou quantos dos 115 autos-noticia quantos tiveram resolução judicial? quando a vão ter? os srs deputados, a maioria juristas, sabem ou não o labirinto judicial inconsequente que este país é? neste quadro é possível a inspecção funcionar? os srs deputados deviam "olhar" para eles próprios e para o parlamento.
  • joão cruz
    15 fev, 2018 Lisboa 22:33
    enquanto as captações de água forem a montante das descargas, não há fiscalização que resulte! fechem uma fábrica por crime que logo se resolve o problema das outras. ( ser fiscal neste país é muito rentável , ou ainda não perceberam! )

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