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Em Famalicão, há uma escola só com alunos ciganos. PS diz que viola a lei

16 fev, 2018 - 15:58

“Não há inscrições de crianças da comunidade maioritária há cerca de uma década”, justifica diretora do estabelecimento de ensino.

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Dois deputados do PS questionaram o Governo sobre uma escola em Vila Nova de Famalicão frequentada “só por alunos de etnia cigana”. Pretendem saber que "soluções" tem o Ministério da Educação para aquela realidade, “que viola a legislação".

Em comunicado enviado à agência Lusa, os deputados Nuno Sá e Maria Augusta Santos dão conta de uma visita feita por uma comitiva socialista à Escola Básica de 1º ciclo de Meães, que pertence ao Agrupamento de Escolas D. Sancho I.

Constataram que os 19 alunos que frequentam aquele estabelecimento de ensino são provenientes de alojamentos “em condições extremamente precárias, sem condições para habitabilidade e com graves riscos para as pessoas, onde vive uma comunidade de etnia cigana”.

Segundo os parlamentares, a diretora da escola terá informado que "não existe qualquer distinção entre crianças, particularmente no que diz respeito à sua origem étnico-racial", sendo que "o que se verifica, neste caso concreto, é que não há inscrições de crianças da comunidade maioritária há cerca de uma década".

No texto, os deputados salientam o projeto educativo "de qualidade" e o "aproveitamento escolar, com progressão na aprendizagem e transição de ciclo na idade adequada ou numa idade próxima, não se verificando a continuidade de crianças na escola por retenção até a uma idade tardia", que dizem ter verificado na escola.

Ainda que reconheçam que "a situação de segregação direta não seja estimulada, acreditam tratar-se de uma violação dos direitos destas crianças a uma plena integração na sua comunidade e na sociedade portuguesa".

Viola a legislação portuguesa

Assumindo que “esta realidade que viola a legislação portuguesa” e “convenções internacionais assumidas pelo Estado Português”, Nuno Sá e Maria Augusta Santos querem saber se o Ministério da Educação “irá averiguar esta situação e procurar soluções”.

Os deputados explicam ainda que enviaram uma missiva à secretaria de Estado da Habitação a questionar se o Governo tem conhecimento do Acampamento da Comunidade Cigana em Meães, junto à escola.

Denunciam ainda a existência de 17 casas em condições extremamente precárias, sem condições para habitabilidade e com graves riscos para as pessoas.

“São casas sem saneamento básico, sem eletricidade, sem acesso à rede de água e sem segurança onde vivem vários agregados familiares, estimando-se que ali habitam entre 80 a 100 pessoas”, indica o texto.

Em dois minutos. O retrato (possível) da comunidade cigana
Em dois minutos. O retrato (possível) da comunidade cigana
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  • Fernando
    18 fev, 2018 Sintra 01:13
    Se estivermos em grupo e que se fale de ciganos, ninguém se priva de criticar aquela comunidade em alguns casos cheios de razão. Aqui a intervenção do deputado Ventura é honesta mas politicamente incorreta. Sente-se assim a hipocrisia que graça na nossa sociedade.
  • fanã
    16 fev, 2018 aveiro 20:19
    Bem...também existe estabelecimentos de ensino para crianças de famílias abastadas , será legal ????
  • Piedade
    16 fev, 2018 Almada 17:34
    Os senhores deputados que não sejam ridículos. Se na zona só há crianças ciganas, o que é que eles querem? Querem levar crianças de outra zona para aquela escola, ou vice-versa? Deixem de se preocupar com etnias, minorias e outras "ias", tratem é todos como seres humanos, todos iguais, todos diferentes. Eu vejo o lado positivo desta situação: as crianças ciganas VÃO À ESCOLA, COMO AS OUTRAS. Isso é que é o importante.

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