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Lisboa e Porto querem centros de saúde abertos até à meia-noite

20 fev, 2018 - 08:10

A proposta faz parte do pacote de descentralização que os autarcas vão entregar ao Governo.

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Os autarcas das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto querem ter o controlo dos centros de saúde e autorização para os manterem abertos até à meia-noite em caso de necessidade.

A proposta faz parte de um pacote de descentralização, que vai chegar ao Governo em março e que dá mais poder também às autarquias nas áreas da educação, da ação social, do ambiente e do património.

“Estou convicto de que as câmaras municipais vão ser capazes de, com o mesmo dinheiro, fazer mais e melhor pelo serviço de proximidade”, afirma o presidente da Câmara de Gaia e área metropolitana do Porto na Manhã da Renascença.

Eduardo Vítor Rodrigues explica que na base da proposta está a lógica da proximidade.

“Não pretendemos apenas ser gestores da fechadura, pretendemos participar na gestão de base local, tendo em conta as especificidades locais”, diz. “O que entendemos é que há margem para tratar da questão infraestrutural, há margem para transferir a responsabilidade para o pessoal auxiliar e há margem para que o Estado fique com a gestão do pessoal médico”, exemplifica.

“De facto, a extensão do horário, por um lado, mas também o alargamento de especialidades que o centro de saúde pode oferecer às comunidades é um elemento fundamental de valorização da saúde, do Serviço Nacional de Saúde e da saúde pública, mas também um elemento decisivo para, numa lógica de proximidade, aliviar as urgências hospitalares”, concretiza.

Eduardo Vítor Rodrigues garante ainda que as autarquias não vão pedir mais dinheiro ao Estado.

“O Estado não pode gastar mais transferindo para as autarquias, porque as autarquias vão ser capazes de gerir melhor e com menos dinheiro, mas as autarquias não estão a participar neste processo a regatear dinheiro. As Câmaras Municipais hoje já são as câmaras a pensar em construir duas rotundas com uma estátua no meio; se tiverem de alocar recursos à melhoria de serviços estratégicos para a comunidade, pois fá-lo-ão como, aliás, têm feito ao longo dos anos”, garante.

O pacote de descentralização deverá ser apresentado ao Governo na terceira semana de março.


[Notícia atualizada às 10h15 com as declarações à Renascença]

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  • 20 fev, 2018 palmela 13:18
    Faz algum sentido que um velho parta uma perna no concelho de palmela! Tenha alta no hospital do outao e depois leve a vida a caminhar para o mesmo hospital quando no posto de saude podia ter alguem que percebe-se da materia!
  • Celia
    20 fev, 2018 lisboa 13:07
    E porque não 24 horas alguns?A organização logística dos CS está anacrónica.Aproveitando o Publico e privado perque não há uma rede de urgência que apoie exames na hora pelos m´dicos dos Centros de Saude?
  • 20 fev, 2018 palmela 12:54
    Pelos servicos medicos que os postos de saude prestam a populacao nem deviam estar abertos! Se muitas pessoas tem de andar cinquenta quilometros para ter uma consulta da especialidade para que diabo querem as pessoas os postos de saude? Para tratar as constipacoes vai-se a farmacia!
  • Cidadao
    20 fev, 2018 Lisboa 11:34
    Isso é optimo, pelo menos no papel, mas... Vão contratar pessoal, pagar extraordinárias, ou pura e simplesmente cair em cima dos desgraçados que lá estão e chantageá-los para além do 1,5 L que já dão, darem "2L", pelo (baixo) preço de 1?

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