20 fev, 2018 - 20:01
Em pleno Inverno, os bombeiros de Bragança continuam a ter de abastecer populações carenciadas de água.
Em fevereiro, já tiveram de efetuar oito deslocações para acorrer às dificuldades de algumas aldeias.
A que mais preocupa é a localidade de Quintas do Vilar, que ainda na segunda-feira recebeu um autotanque e deverá voltar a ser abastecida nos próximos dias.
Em declarações à Renascença, José Fernandes, comandante dos Bombeiros de Bragança, explica que são cerca de meia dúzia as aldeias a necessitar de apoio quase permanente.
“Embora com menor sequência, estamos ainda a abastecer algumas aldeias que são mais problemáticas. Fizemos 36 abastecimentos em dezembro, 11 em janeiro e fevereiro. A que nos inspira mais cuidados é a de Quintas do Vilar. Depois temos a freguesia de Outeiro, já com alguma dimensão, e depois temos mais duas ou três.”
A situação pode ganhar contornos de maior preocupação em Quintas do Vilar, localidade com cerca de duas dezenas de habitantes, caso não venha a chover.
“Podemos dizer que as Quintas do Vila é um caso crónico, que já se vem verificando há uns tempos. Há muito tempo que não chove, não há reservas, a água cada vez é menos e as dificuldades estão a aumentar. Vamos esperar que chova agora no fim do inverno e princípio da primavera, senão as condições podem-se complicar”, afirma o comandante dos Bombeiros de Bragança, José Fernandes.
No fim do mês de Janeiro, quase 56% do território português estava em situação de seca severa, tendo-se verificado nesse mês um valor médio da temperatura máxima superior ao normal em mais de 13 graus. Segundo o boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no final do mês passado, quase 40% do país estava em seca moderada e 4,5% em seca fraca.