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Limpeza de matas. GNR da Guarda até aos padres pediu ajuda

21 fev, 2018 - 12:02 • Liliana Carona

Em Vila Nova de Tázem, a Renascença acompanhou dois casos: o de uma proprietária e de um madeireiro que não se entendem quanto a preços e o de um proprietário que acusa o vizinho de não limpar o terreno. A GNR está em campo, em trabalho de sensibilização.

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Nem Maria Alice nem Fernando Marvão quiseram revelar o valor que lhes era proposto por 45 pinheiros mansos e bravos. Mas a proprietária garante que aquilo que o madeireiro Fernando lhe ofereceu “é uma bagatela”.

“Arranje quem lhe dê mais”, interrompe Fernando Marvão, convicto de que o negócio da madeira, já conheceu melhores dias. “Eu não tenho para onde levar a madeira. Como muita fábrica ardeu, não tenho onde meter a madeira”, afiança Fernando.

A proprietária de 45 pinheiros mansos e bravos, Maria Alice, de 70 anos, e o madeireiro Fernando Marvão, 51 anos, não se entendem quanto ao valor da limpeza dos terrenos.

Maria Alice chamou a GNR porque está cheia de dúvidas. O cabo Cardoso, do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR de Gouveia, dá as orientações. “O espaço de tempo que nos dão é muito pouco”, queixa-se Maria Alice, enquanto o militar se apressa a explicar, que “até ao dia 15 de março, dentro dos 100 metros, é só as casas isoladas, porque as que estão dentro do dentro do aglomerado populacional, dentro dos 100 metros, é até ao dia 30 de abril”.

“Com uma reforma de 300 euros, onde vou buscar dinheiro para estas andanças?”, insiste a moradora de Vila Nova de Tázem.

Fernando Marvão, o madeireiro, que não consegue chegar a acordo com Maria Alice, conta que tem muitos pedidos para limpeza de terrenos. O problema é pagarem-lhe. "Ferram-me o cão, não me pagam”, desabafa.

Entre vizinhos, as desavenças também acontecem. Joaquim Saraiva, 63, anos, diz estar "farto" de pedir ao vizinho que limpe os terrenos. “Ele diz que não precisa de lenha nem de dinheiro, e recusa-se a tirar os pinheiros”, revela.

O capitão Batista, comandante do destacamento territorial de Gouveia, anuncia uma série de ações de sensibilização, a decorrer até ao dia 15 de março, e acrescenta que “as pessoas podem denunciar através da linha SOS Ambiente ou, então, através de contacto direto no posto local. E, atenção, que há multas. “Dos 280 euros aos 10 mil por pessoa singular, ou dos 1.600 aos 120 mil euros para pessoas coletivas”, precisa.

Para que todos sejam alertados, o comandante territorial da GNR da Guarda, coronel Cunha Rasteiro, solicitou ao bispo da diocese para que os padres, nas suas homilias ou nos finais das celebrações, sensibilizem a população para a limpeza dos terrenos. O padre Rafael Neves, das paróquias de Moimenta da Serra, Paços e Santa Marinha, já começou a divulgar a mensagem. “O que se pede é que as pessoas sejam cuidadoras dos seus espaços”, disse, no final da eucaristia.

Comentários
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  • marco
    22 fev, 2018 lisboa 15:35
    Com esta lei fica mais barato e rápido incendiar matas e pinhais do que fazer limpeza?Alem do mais em montes de forte inclinação se as arvores forem destruídas qdo vierem as chuvas arrastarao terra e pedragulhos que destruirão tudo na sua passagem.É de relembrar aqui há quase 38 anos em Ribeira de Pena uma tromba de agua irrompeu num café sediado em encosta e morreram perto de 15 pessoas.Cortar como e qdo é a questão.Operacionalizar devidamente qdo surgirem incêndios será a mais valia para n haver mortes,a evacuação estudada e bem coordenada terá os efitos anti.morte.Espanha evacuou de zonas de incendio entre 2000 a 5000 pessoas ninguém morreu.Eficácia e conhecimento são a chave.
  • DR XICO
    22 fev, 2018 LISBOA 12:25
    Até que enfim há empenhamento de todas as forças sociais no interior bem haja então a GNR e os Padres

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