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Greve dos enfermeiros a 22 e 23 de março

22 fev, 2018 - 10:56

Sindicato dos profissionais de saúde acusa o Governo de não pôr em prática os compromissos assumidos.

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O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) anunciou esta quinta-feira uma greve nacional de enfermeiros no setor público para os dias 22 e 23 de março.

O protesto é contra a não concretização dos compromissos assumidos pelo Ministério da Saúde.

O dirigente do SEP, José Carlos Martins, acusa o governo de não resolver os atuais problemas, de os agravar e de criar novos problemas.

O sindicato dos enfermeiros recordou a "carência estrutural de enfermeiros nas instituições", à qual se junta a falta destes profissionais devido a ausências prolongadas por razões como parentalidade, gravidez de risco ou doenças profissionais, que "não são substituídos".

Segundo José Carlos Martins, os enfermeiros que se deslocaram para os centros de saúde não foram substituídos, enquanto se assiste a um aumento da necessidade de resposta em cuidados de enfermeiros aos cidadãos que não é acompanhado da admissão de outros profissionais.

O dirigente da SEP alertou ainda para o previsível agravamento da situação a partir de 1 de julho, com a passagem das 40 para as 35 horas de trabalho semanal.

Falta de pagamentos acordados

O SEP acusa o Governo de não honrar os seus compromissos e recordou que, em outubro de 2017, o Ministério da Saúde impôs a atribuição de um suplemento remuneratório para enfermeiros especialistas, no valor de 150 euros, a ser pago em janeiro de 2018.

O Ministério assumiu o compromisso de iniciar a negociação sobre a revisão da Carreira de Enfermagem com a Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros (CNESE-SEP e Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira), em janeiro de 2018.

Sobre o pagamento do trabalho extraordinário, o SEP refere que o Governo "assumiu o compromisso e emitiu circular para as instituições no sentido do trabalho extraordinário já realizado e em dívida ser pago até dezembro de 2017".

"Chegados a finais de fevereiro, o Ministério da Saúde/Governo, inadmissivelmente, ainda não concretizou nenhum dos compromissos", indica o SEP.

Segundo José Carlos Martins, no dia 16 de fevereiro, o SEP deu um prazo até sexta-feira para o Ministério da Saúde apresentar propostas e marcar reuniões. "Caso contrário, iremos avançar para a greve nacional", prosseguiu.

Sobre o relacionamento institucional com a tutela, José Carlos Martins disse que é "deplorável". "É inadmissível que [dos] compromissos assumidos em outubro, nada tenha sido feito para os concretizar em janeiro e, por isso, a nossa boa fé neste Ministério da Saúde é praticamente nula. Mais do que discursos, queremos é ações", concluiu.

Comentários
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  • Pois não!
    22 fev, 2018 dequalquerlado 13:04
    "A «austeridade, essa malvada», afinal não desapareceu e está mais dolorosa." Pois não! E quem acredita que desapareceu? Só os que se fazem de cegos e querem defender este governo. Este governo é um hipócrita. O que tem aumentado são os que ganham o salário minimo, o que qualquer dia encosta aos que têm as suas categorias um pouco acima. Depois ele agora arranjou mais uma artimanha, só alguns se podem dar ao luxo de subiram, enquanto outros são metidos num canto desprezados e nunca sobem. Nojento! Aos reformados subiu dinheiro para um café ajuntar à miséria que recebe, outros que ganham balúrdios ainda tiveram grandes aumentos. Este palhaço nunca me enganou com aquele sorrisinho hipócrita.
  • nuno
    22 fev, 2018 Lisboa 12:41
    A saúde precisa de arejar ideias e na vez de contratos com CS e Hospitais deverão concorre para SNS em regime de bolsa .Estes profissionais estariam sediados nos hospitais de ultima linha e seriam deslocados pra cobrir faltas por doença ou sazonal.Passados x anos poderiam concorrer/trnasitar a vagas fixas.O mesmo se poderia aplicar aos médicos que vao para o interior ,primeiro concurso interno e depois externa nacional.Salvaguardam-se as condições especiais que implicam fi«uncionamento de qualidade nos hospitais de fim de linha. É uma solução que bem aplicada alem das existentes resolveria alguns problemas.
  • João Lopes
    22 fev, 2018 Viseu 11:20
    Os portugueses esperam desesperadamente por uma consulta, uma cirurgia, um exame de diagnóstico. E as dívidas enormes do Governo social comunista às empresas farmacêuticas? A «austeridade, essa malvada», afinal não desapareceu e está mais dolorosa. Não se pode enganar sempre…mas os comunistas do Bloco e do PCP que dizem "defender" os mais desprotegidos estão cobardemente calados!
  • Sue
    22 fev, 2018 Seara 11:07
    Fazeis bem. Em vez e greve, emigrai!

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