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Hora da Verdade

Ministro-adjunto garante que haverá mais meios aéreos para combater incêndios

22 fev, 2018 - 00:18 • Susana Madureira Martins (Renascença) e David Dinis (Público)

Governo tem planos de contingência para assegurar que os meios aéreos estão disponíveis no Verão para o combate aos incêndios e não vai haver processo contra o SIRESP, garante Pedro Siza Vieira.

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Pedro Siza Vieira, ministro-adjunto, entrevistado no Hora da Verdade. Foto: Nuno Ferreira Santos/Público

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O Governo decidiu em outubro que iria entrar no capital da SIRESP, SA. Como está esse processo?

Tanto quanto sei esse processo está a avançar, mas sobretudo o que sucede é que, independentemente do processo de entrada no capital da empresa SIRESP, que está decidido e que vai ser concretizado, já foi possível chegar a um entendimento com a operadora, no sentido de reforço das capacidades. Vão ser instaladas 18 novas baterias de instalação elétrica e 471 antenas satélites, cuja instalação vai começar em março.

O Estado deve ir para tribunal contra o SIRESP por causa da responsabilidade do que aconteceu em Pedrógão?

O problema essencial é assegurar que o sistema de emergência, em situação de fogo ou outra, está capacitado para responder. O caminho que se entendeu foi de reforçar a participação do Estado no SIRESP.

Enquanto advogado do escritório de advogados Linklatters, que fez o contrato com a SIRESP e que aconselhou o Estado, está agora também responsável por este dossier no Governo?

Não, esse dossier está a ser tratado pelo ministro da Administração Interna.

O Presidente Marcelo promulgou a Agência para a gestão dos incêndios, mas alertou para o facto de ela estar muito dependente de várias boas-vontades. Ela tem condições para funcionar este Verão?

A Agência não vai estar a funcionar este Verão. Vai estar em instalação até ao final desta época de fogos, a Unidade de Missão está a apoiar a preparação da época de fogos - esta época de prevenção e a de combate. O que julgo que agora é importante é ter claro que a ameaça de incêndio florestal é muito séria, é muito grave. Temos que estar preparados quer ao nível das ações de prevenção que estão a ser levadas a cabo, no sentido da limpeza de matos e gestão de combustível, quer ao nível do reforço dos meios e capacitação das populações. E temos que ter mais botas no terreno, mais patrulhamento, mais vigilância, para tentar diminuir o número de ignições e de ser mais eficaz no combate. É talvez a maior ameaça que hoje enfrentamos à segurança coletiva. As condições climatéricas agravam-se, continuamos numa situação de seca que está a piorar este Inverno. Esta é uma ameaça séria, não podemos regatear esforços.

Está seguro de que vamos ter mais meios? Mesmo meios aéreos?

Mesmo meios aéreos, disso estou seguro.

E os concursos públicos em relação aos meios aéreos?

O MAI está muito em cima desse tema. E tem os planos de contingência preparados para assegurar que os meios aéreos estão disponíveis ao preço que for mais adequado, tendo em conta as condições do mercado.

Comentários
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  • galileu
    22 fev, 2018 Lisboa 14:00
    Alem do reforço seria bem mais eficaz criar equipas para fazerem surgir grandes zonas de clareiras cortando florestas nas zonas mais propicias aos incêndios.A florestação continua foi um erro colossal tem q ser corrigido.Se isto não for executado 2018 terá mais incêndios q 2017.A lei terrorista parcialmente não vai travar os grandes incêndios.H´q ter operacionais por região capazes de fazerem evacuações atempadas e sem mortes ,o resto é politica compensat´ria ,ilusória e sem resultados na pratica a não ser sacar mais cobres através de coimas inoportunas e imorais.

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