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​BE questiona Governo sobre atrasos e boicotes à integração dos precários

07 mar, 2018 - 10:24

Programa de regularização previa que a fase de análise do processos terminasse em fevereiro, mas os prazos não foram cumpridos.

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O Bloco de Esquerda faz esta quarta-feira uma interpelação ao Governo, no parlamento, sobre os problemas na regularização dos trabalhadores precários na função pública.

O Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários da Administração Pública (PREVPAP), ao qual concorreram cerca de 32 mil pessoas, prevê um processo de análise nas comissões de avaliação, uma fase que deveria ter ficado fechada em fevereiro. No entanto, os prazos não foram cumpridos.

Em declarações à Renascença, o deputado bloquista José Soeiro explica que a bancada parlamentar recebeu na última semana centenas de queixas e dúvidas sobre o processo.

“Recebemos cerca de 600 contactos, casos de trabalhadores que estão preocupados com a sua situação, que estão apreensivos pela falta de informação sobre os prazos, pelo atraso nas respostas de que estão à espera, pelo atraso na abertura de concursos e também por situações de boicote por parte de alguns dirigentes da Administração Pública relativamente à regularização de precários”, descreve.

Um dos setores onde os casos de boicote são evidentes é a Ciência e Ensino Superior.

Daniel Carapau, da Plataforma Precários Inflexíveis, garante que entre investigadores e docentes “existem taxas de rejeição superiores a 90%”.

“Isso põe em causa a lógica do próprio programa. Não acreditamos que estas pessoas não estejam a cumprir funções permanentes, porque as faculdades não existem sem investigadores e sem docentes”, remata.

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