10 mar, 2018 - 17:07
Os 20 anos da Ajuda de Berço foram celebrados este sábado com a bênção da primeira pedra da futura casa desta instituição que apoia crianças.
A missa de Ação de Graças, que teve lugar no Convento de São Domingos, em Benfica, contou com a presença do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
As vidas das centenas de crianças ajudadas pela Ajuda de Berço foram mudadas, explica Sandra Anastácio, diretora da Ajuda de Berço.
“São crianças que encontraram a família biológica com melhores condições ou encontraram família de adoção. Hoje é um dia de muita comoção, perceber que em 20 anos tantas vidas passaram por aqui”, disse.
O reconhecimento destes 20 anos da Ajuda de Berço é destacado pelo Cardeal Patriarca.
“Estes 20 anos representam tanto esforço, tanta boa vontade, tanta capacidade de andar para a frente – às vezes com tão parcos recursos – que merece o reconhecimento da sociedade portuguesa e o apoio oficial e da sociedade para que as coisas vão para a frente”, refere D. Manuel Clemente.
E foi com o apoio da Diocese de Lisboa e da renúncia quaresmal de 2014 que se faz parte do apoio para a construção da nova casa da Ajuda de Berço.
Desde que foi criada a Ajuda de Berço já acolheu 368 crianças, 24 com doença grave ou crónica. Foram estes casos que levaram a identificar uma necessidade urgente: dar uma resposta mais competente a crianças doentes vítimas de abandono ou situações de risco, para quem é muito difícil encontrar um projeto de vida definitivo.
A Ajuda de Berço pretende ser uma resposta social para estas crianças, dando-lhes a possibilidade de viver e crescer numa casa que lhes proporcione condições favoráveis ao seu bom desenvolvimento e estabilidade e que tenha os meios necessários, técnicos e humanos, para prestar os cuidados inerentes às suas doenças, diminuindo as visitas sistemáticas aos hospitais e minorando situações de internamento.
Com a nova casa a instituição pretende aumentar a sua capacidade de resposta, o tempo de permanência e melhorar as condições de acolhimento. A nova casa vai acolher 16 crianças doentes (dos seis aos 16 anos) e as 20 crianças (dos zero aos três anos) que estão atualmente na casa da Avenida de Ceuta.