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​Autarcas não querem prazos para fazer limpeza de matos

12 mar, 2018 - 10:46

“Não se pode querer fazer em três meses aquilo que não foi feito em 30 anos”, alerta o presidente da Câmara de Vouzela.

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O prazo oficial para a limpeza dos matos termina a 15 de março, mas o trabalho está longe de estar concluído. São os autarcas quem o admitem, a três dias do fim da data dado pelo Governo.

A Renascença sabe que está prevista para esta segunda-feira uma reunião entre o primeiro-ministro e o presidente da Associação de Municípios, embora o encontro não conste da agenda oficial.

O presidente da Câmara de Vouzela, Rui Ladeira, explica que vão pedir “mais tempo”, mas também que não haja “um limite apertado”.

“Não é possível, não é viável. Estamos a fazer a limpeza dos perímetros das zonas industriais, daquilo que são os edificados públicos, tudo isso estamos a executar. Agora ainda ter que resolver o problema daquelas pessoas, daqueles proprietários que ainda hoje não sabemos quem são porque não há cadastro”, descreve.

O autarca Rui Ladeira recorda o que diz “desde a primeira hora”.

“Não se pode querer fazer em três meses aquilo que não foi feito em 30 anos”, remata.

O prazo para a limpeza de terrenos está a chegar ao fim mas as multas não devem avançar já. É nesse sentido que vão as palavras do Presidente da República e o secretário de Estado da Proteção Civil.

O Governo vai investir 14 milhões de euros na limpeza de terrenos florestais e matas nacionais geridas pelo Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF), trabalhos que nas zonas consideradas prioritárias devem estar concluídos até 31 de maio.

Também pretende construir 837 quilómetros de novas faixas de interrupção de combustíveis e fazer a manutenção de 279 quilómetros já existentes.

Comentários
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  • País de mafias
    12 mar, 2018 Lisboa 13:18
    Muitos se calhar até gostariam era de ver repetir-se o que se passou o ano passado para daí tirarem dividendos politicos. Se as matas estão como estão eles são os proncipais responsáveis pois para não perderem votos das populações nunca incomodaram ninguém. Tal como os bombeiros que são muito bons a combater mas que na pervenção nunca fizeram nada devido à proximidade com os autarcas e aos interesses cumuns. Esta autêntica açorda tem que ser desmascarada, não é assim em todo o País mas é em muitas zonas,
  • Matraca
    12 mar, 2018 lisboa 13:16
    Pela primeira vez Costa passou á negação e irracionalidade,sentiu fugir-lhe o tapete e não conseguiu agir em conformidade com os fogos acontecidos e partiu para o passa responsabilidades e coimas assustadoras para não ser apanhado e acusado em 2018 quando acontecer o mesmo .É inevitável se o Verao for quente que o fenómeno se repita.O processo de evacuação das populações será a meu ver a PRIORIDADE com quadros altamente diferenciados e conhecedoresdo assunto e terreno,ventos,carga térmica etc. para evitar mais mortes.Deve apostar em profissionais qualificados de alto nível e não em BOYS .Os mortos foram heróis e no são para esquecer mas quem vai votar serão os vivos.
  • Puto
    12 mar, 2018 lisboa 12:31
    Visao estratégica camararia de louvar.Multas??? neste setor q só dá prejuízo e cujo abandono foi induzido pelos diferentes governos deveriam ser abolidas e completar estratégia holística total de combate aos incêndios. A limpeza só por si é ineficaz e só necessária nas casas solitárias ou junto dos povos..Clareiras florestais , mudança das espécies a longo prazo e operacionalidade eficaz nas evacuações são a solução.Os mortos neste contexto não são para esquecer mas quem votam são os vivos.Morrem em Portugal 100 000 por ano dos quais 500 nas estradas.Quantos pontos negros nas rodovias foram anulados? Aproveita-se para multar e nao corrigirOs incêndios só por si não matam mas sim o não combate acertado,estruturaçao possível da floresta, quadros qualificadose eficazes operacionais no combate e evacuação povo.O resto é uma palhaçada.

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