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Escolas estão abertas, mas “ambiente é de recreio”, dizem diretores

13 mar, 2018 - 11:53

Greve dos professores vai durar quatro dias, mas funciona por regiões. Maioria das famílias não sente o efeito porque as escolas estão abertas, embora os alunos não tenham todas as aulas.

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A greve dos professores está a afetar milhares de alunos da Grande Lisboa, segundo um levantamento da associação de diretores escolares, que encontrou as escolas abertas, mas com "ambiente de recreio e não de aulas".

"Não temos escolas fechadas, mas há muitos professores a fazer greve e escolas a funcionar a meio gás, ou seja, os alunos estão nas escolas, mas não têm todas as aulas", disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima.

A greve dos professores começou esta terça-feira na região da Grande Lisboa (Lisboa, Setúbal e Santarém) e na Madeira e termina na sexta-feira, dia em que o protesto se deverá fazer sentir na região norte e nos Açores.

"A maioria das famílias não sente os efeitos da greve porque os seus filhos estão na escola, embora não tenham todas as aulas. Hoje, o ambiente que se vive nas escolas é mais de recreio e menos de sala de aula. Todos os minutos são de intervalo", acrescentou Filinto Lima, sublinhando que os professores estão mobilizados para fazer valer a sua posição em relação ao processo de descongelamento do tempo de serviço.

Em causa está o diferendo que separa docentes e tutela na contagem do tempo de serviço que esteve congelado: O Ministério da Educação apenas admite o descongelamento de dois anos e 10 meses e os sindicatos exigem ver contabilizados os nove anos, quatro meses e dois dias congelados.

Para Filinto Lima, os ministérios da Educação e das Finanças devem olhar com atenção para esta greve e para o passado recente dos protestos levados a cabo pelos professores.

"Só este ano letivo já se realizaram mais greves do que desde que o Governo tomou posse e este é um sinal muito importante que o Governo não pode ignorar", sublinhou.

O professor e representante dos diretores escolares deixa um aviso ao Executivo: "O Ministério das Finanças deve abrir os cordões à bolsa e tratar a Educação de forma diferente".

"Hoje, há muitas aulas que não estão a ser lecionadas e que acabam por prejudicar milhares de alunos, tendo em conta que cada professor tem, em média, entre 150 a 20 alunos", afirmou o presidente da ANDAEP, que acredita que nos próximos dias a adesão à greve ainda possa ser mais expressiva.

Esta terça-feira a greve realiza-se na região da grande Lisboa (Lisboa, Setúbal e Santarém) e na Madeira.

Na quarta-feira, a greve concentra-se na região sul (Évora, Portalegre, Beja e Faro) e no dia 15 na região centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco).

A greve termina a 16 de março, sexta-feira, dia em que os professores paralisam na região norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e na região autónoma dos Açores.

Comentários
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  • João Lopes
    13 mar, 2018 Viseu 15:40
    Os comunistas do PCP e do BE não perdoam a Passos Coelho o espaço de liberdade que criou no País: sentiram uma grande insegurança em relação aos privilégios que têm auferi-do injustamente desde 25 de Abril…Isso tinha acabado, mas com Costa têm vindo a recuperar tais privilégios injustos. E por isso, voltaram a berrar e ameaçar nas ruas: e os socialistas já estão amedrontados e encolhidos! Entre muitas coisas falta a António Costa a categoria e a coragem de Passos Coelho!
  • António dos Santos
    13 mar, 2018 Coimbra 15:18
    Lá continuam os chulos dos professores a fazerem greve, porque já ganham de mais e são péssimos professores. O Mário Nogueira e os seus lacaios, deviam era trabalhar e não roubar o país. Vou ficar alegre, quando os professores fizerem grave, para pedir formação, que bem precisam. O estado do ensino estão nas ruas da amargura, porque a maioria dos professores são incompetentes.

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