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Parte III da greve dos professores. Protesto chega à região centro

15 mar, 2018 - 06:51

Paralisação contesta a falta de consenso sobre a contagem de todo o tempo de serviço, no processo de descongelamento das carreiras da Função Pública.

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Os professores entram esta quinta-feira no terceiro de quatro dias de uma greve cuja adesão, segundo os sindicatos, tem estado em crescendo, chegando agora à região centro do país.

De acordo com dados avançados pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), o segundo dia registou uma adesão de 70% à paralisação convocada por dez estruturas sindicais representativas dos professores em protesto contra o decurso das negociações com o Governo. No primeiro dia, a adesão terá ficado entre os 60% e 70%.

O protesto tem como principal motivação a falta de consenso sobre a contagem de todo o tempo de serviço, no processo de descongelamento das carreiras da Função Pública.

A tutela admite descongelar dois anos e dez meses de tempo de serviço aos docentes, mas estes não desistem de ver contabilizados os nove anos e quatro meses, embora admitam um processo faseado.

Na terça-feira, em comentário à paralisação dos docentes, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, disse que a proposta apresentada na segunda-feira aos sindicatos dos professores é a única "passível de execução" e que permite agir com "equidade", mas lembrou "total abertura negocial".

"Não podemos por em risco o descongelamento de todos os funcionários públicos", declarou o ministro, acrescentando que é a única hipótese "sustentável financeiramente" e que dá possibilidade aos docentes de verem "reconstituídos 70% de um módulo de progressão", que resulta nos dois anos, 10 meses e 18 dias.

"Ir mais longe implicaria necessariamente por em causa o descongelamento de carreiras que aconteceu em janeiro de 2018", declarou.

A greve foi convocada pelas dez estruturas sindicais de professores que assinaram a declaração de compromisso com o Governo, em novembro, entre as quais as duas federações - Federação Nacional de Educação (FNE) e Fenprof - e oito organizações mais pequenas.

A greve arrancou na terça-feira nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém e na região autónoma da Madeira, concentrou-se na terça-feira na região sul (Évora, Portalegre, Beja e Faro) e hoje chega à região centro (Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria, Guarda e Castelo Branco).

A paralisação termina na sexta-feira na região norte (Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança) e na região autónoma dos Açores.

Comentários
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  • José Domingos Ferrei
    15 mar, 2018 dequalquerlado 13:27
    É tudo manipulação, ilusão e mentira, mas isto já é de esperar. E este governo não é diferente dos outros. Passa-se a ideia que as coisas estão melhores, mas tá tudo igual. Este governo já tem dito que tem reposto rendimentos, mais emprego e mais igualdade... mas só de um tolo e pato cego que acredita nisto. Se fosse para dar exemplos que provam que é pura falácia, nunca mais acabava. O que há é falta de vergonha de quem pensa que toda a gente é parva para acreditar.
  • João Lopes
    15 mar, 2018 Viseu 09:59
    Com este governo social-comunista, os portugueses estão a sentir o peso de uma nova e mais dolorosa austeridade … basta ver o que se passa na Saúde e na Educação!

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