16 abr, 2018 - 14:08
O número de casos confirmados de pessoas infetadas com sarampo em Portugal subiu para 109, mais um em comparação com o número avançado na passada sexta-feira. Desses, 106 já estão curados, anunciou esta segunda-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).
No boletim publicado pela DGS no seu site oficial, é ainda avançado que, até às 19h00 de domingo, havia três pessoas com a doença e 17 casos em investigação.
Ao longo deste surto, que maioritariamente infetou pessoas com ligação ao Hospital de Santo António, no Porto, foram analisados 262 casos que se revelaram negativos. Dos 109 casos confirmados, 108 (99%) eram adultos, a maioria (58%) mulheres, e 86 (79%) corresponderam a profissionais de saúde, indicam os dados da DGS, que mostram também que 15 doentes (14%) não estavam vacinados e dez (9%) tinham o esquema de vacinas incompleto.
Em comunicado, a DGS refere que está em curso a investigação epidemiológica detalhada da situação, que inclui a investigação laboratorial de todos os casos. Lembra ainda que o vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infecciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra.
"Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea", refere a autoridade de saúde no documento. Nele, adianta também que os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois de a pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea, tosse, conjuntivite e corrimento nasal.
A Direção-Geral da Saúde recomenda a todos os portugueses que verifiquem se têm o boletim de vacinas em dia e, caso contrário, se vacinem. Em caso de contacto com um caso de sarampo ou para esclarecer qualquer dúvidas, os utentes devem ligar para o 808 24 24 24.
Ainda segundo a DGS, em pessoas vacinadas a doença pode, eventualmente, surgir com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso. Quem já teve sarampo está imunizado e não voltará a ter a doença. A vacina contra o sarampo faz parte do Programa Nacional de Vacinação, que deve ser administrada aos 12 meses e aos cinco anos de idade.