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Grupo de cidadãos quer Prédio Coutinho como imóvel de interesse público

01 mai, 2018 - 09:56 • Henrique Cunha

Caso o pedido seja aceite, o famoso e polémico edifício de Viana do Castelo pode mesmo não ir abaixo. Iniciativa conta com o apoio dos ex-dirigentes do CDS-PP Manuel Monteiro e José Ribeiro e Castro.

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Um grupo de cidadãos submeteu um pedido de classificação do Prédio Coutinho como imóvel de interesse público. O pedido, entregue à Direção-Geral do Património Cultural, pretende evitar a demolição do polémico prédio em Viana do Castelo

"Portugal é um país pobre e um país pobre não se pode dar ao luxo de destruir habitação", defende o arquiteto Fernando Maia Pinto em declarações à Renascença. "Não se pode dar ao luxo de gastar centenas de milhões de contos para indemnizar, recolocar, adiar, pagar aos gestores, pagar aos arquitetos para eliminar habitação.”

A destruição do edifício está, neste momento, embargada por uma providência cautelar, depois de, em dezembro de 2014, o Tribunal Constitucional ter dado luz verde às expropriações levadas a cabo pela VianaPolis com o objetivo de demolir o prédio.

No edifício de 13 andares permanecem ainda 14 moradores, que continuam a lutar para que não vá abaixo. “Como pessoa que esteve sempre ligada à defesa do património, acho que não é válido o argumento do bom gosto e da boa arquitetura; não é suficientemente forte para proceder à destruição de dezenas de habitações”, argumenta Fernando Maia Pinto.

Para além de Maia Pinto, entre os promotores da iniciativa para a classificação do prédio Coutinho como imóvel de interesse público estão os ex-dirigentes do CDS-PP Manuel Monteiro e José Ribeiro e Castro, o jornalista Joaquim Letria e o professor catedrático Jorge Ribeiro de Melo.

Comentários
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  • Pedro
    29 jun, 2019 Viana 06:39
    Não é ético nem decente expropriar pessoas das suas casas por causa da estética do prédio onde vivem. Jamais poderá ser ético ou decente colocar a estética antes e acima das pessoas, da sua saúde e do seu bem estar. Além disso, a destruição dum valioso património em bom estado de conservação como é o Prédio Coutinho, por causa da sua estética, é chocante e inaceitável num país com tantas carências.  https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=Coutinho
  • MASQUEGRACINHA
    01 mai, 2018 TERRADOMEIO 18:17
    Paradigmática sucessão de notícias, esta: o regresso do Prédio Coutinho, qual ovo da galinha que engoliu um elástico; e o regresso do Pavilhão da Pala, sempre ao abandono, cada vez mais caquético, qual pai que nem morre, nem a gente almoça. Quanto ao Prédio Coutinho, parece-me válida a argumentação: afinal, o Palácio do Buçaco é uma aberração arquitectónica e ninguém o quer deitar abaixo. É história, tal como os buracos nas cortinas ou a antipatia dos funcionários do respectivo restaurante. Quanto à Pala, não se compreende que não consigam dar-lhe uso. Ponham lá um acervo das Inovações da Arte de Marear portuguesas, por exemplo, que exemplos não faltam. Ou façam um Museu da Personalidade, com exposições temporárias sobre personalidades portuguesas, machos e fêmeas (até podiam ser aos casais, porque não?), antigas e modernas: uma por mês, doze por ano, há pano para longuíssimas mangas, o difícil seria escolher - e manter-se-ia viva a memória de "egrégios avós" sobre quem os netos sabem rigorosamente nada. E as exposições poderiam sair, depois, para outras cidades e vilas do país, aproveitando os acervos, fazendo circular o que de grande teve (e, enfim, talvez ainda tenha) a dita "alma portuguesa"...
  • Rogério
    01 mai, 2018 Santarem 14:38
    Não conheço em particular as razoes e contra razoes a não ser as veiculadas pela comunicação social.Como a camara é fundamentalista proíbe touradas ,quando existe registada uma ACATE em VIana CASTELO-associação cultural de apoio á tauromaquia e equitação-registada -Sou contra imposições desta natureza portanto apoio o edifício por ser contra fundamentalismos.Viana perde credibilidade qdo ilegaliza uma atividade legal.

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