03 mai, 2018 - 13:47 • Redação
O 1.º de maio, na passada terça-feira, foi Dia do Trabalhador e, por isso, dia de descanso. Logo a seguir começaram as greves.
Até ao final do mês, serão pelo menos três os setores afetados por paralisações, na sua maioria convocadas para exigir aumentos salariais e revisão de horários e estatutos.
Ao todo serão sete as greves espalhadas pelos 31 dias deste mês. Eis o que se antecipa:
Saúde
Na quarta-feira, dia 2, os trabalhadores da saúde, à exceção dos médicos e enfermeiros, deram início a uma greve que vai prolongar-se até ao final desta semana.
Uma segunda paralisação já está agendada para 24 e 25 de maio – dias em que os técnicos de diagnóstico e terapêutica estarão mobilizados, após uma reunião das estruturas sindicais com o Ministério da Saúde ter terminado sem acordo quanto às tabelas salariais, transições para nova carreira e sistema de avaliação.
Em concreto, os funcionários do setor que não enfermeiros e médicos exigem o horário de trabalho de 35 horas, pagamento de horas extraordinárias e a integração no subsistema de saúde ADSE.
Para além deles, também os médicos têm agendada uma paralisação de três dias já na próxima semana, entre 8 e 10 de maio. Exigem a revisão das carreiras, aumentos salariais e o reconhecimento do estatuto de profissão de desgaste rápido.
Os utentes devem contar com possíveis demoras no atendimento em hospitais e centros de saúde nos dias em causa.
Antecipa-se ainda que, por cada um dos dias de greve no setor, cerca de três mil cirurgias tenham de ser adiadas. No total, 18 mil operações poderão ter de ser remarcadas.
Educação
Já esta sexta-feira, dia 4, e a par da greve na saúde, conte também com possíveis complicações na hora de levar os seus filhos à escola. Isto porque os auxiliares de educação convocaram greve para este dia.
Exigem que seja criada uma carreira especial e o fim da municipalidade. Acima disso, contestam a atual precariedade na carreira – segundo um inquérito conduzido pelo blogue ComRegras com o apoio da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas durante o mês de abril, 99% dos funcionários das escolas recebe menos de 650 euros por mês.
Dentro de duas semanas, a 19 de maio, está marcada uma manifestação de professores no centro de Lisboa. Para já, ainda não há greve da classe à vista.
Infraestruturas
No último dia da greve dos médicos, a 10 de maio, os funcionários das infraestruturas de Portugal dão início a dois dias de paralisação, no primeiro dia parcial, no segundo, dia 11 de maio, total.
Têm uma única exigência: aumentos salariais.
Antecipam-se complicações para os utentes nas ligações ferroviárias e rodoviárias ao longo dos dois dias.