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Demissão não afeta exercício de cibersegurança. “Somos uma entidade resiliente e adaptativa”

10 mai, 2018 - 10:37

O coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança, Pedro Veiga, deixou o cargo na quarta-feira.

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O exercício de Cibersegurança não fica em causa pela demissão de Pedro Veiga. A garantia é deixada pelo responsável do teste que está a experimentar o “grau de preparação” de várias entidades públicas e privadas.

Gonçalo Sousa esteve na manhã da Renascença e garante que a demissão do diretor do Centro Nacional da Cibersegurança não se reflete nos resultados. “Somos acima de tudo uma entidade resiliente e adaptativa. O melhor exemplo disso é que apesar da demissão continuámos a fazer o exercício: o primeiro dia de ontem, que envolveu cerca de 50 entidades, correu muito bem”.

A falta de verbas para contratação de peritos e aquisição de equipamento terão motivado a saída de Pedro Veiga, segundo o “Diário de Notícias”.

Mas o responsável pelo exercício discorda: “No meu entendimento temos os recursos humanos e técnicos adequados para fazer face aos problemas que nos surgiram. Este ecossistema não pára de evoluir, mas até ao momento acho que possuímos os recursos suficientes”.

Contudo, Gonçalo Sousa reconhece que os recursos humanos são cada vez mais escassos, pois há uma cada vez maior solicitação de pessoas técnicas com perícias na área da cibersegurança. “É muito difícil fazer face aos preços praticados no mercado por empresas civis a este tipo de recursos”.

O Centro Nacional de Cibersegurança está desde quarta-feira a testar o “grau de preparação” de várias entidades públicas e privadas a um ciberataque.

Em declarações à agência Lusa, em antecipação do exercício, Pedro Veiga tinha afirmado que iria ter como alvo os setores da energia, transportes, banca, saúde e tratamento e distribuição de água. O objetivo “é testar o grau de preparação das entidades que vão participar no tratamento de incidentes de cibersegurança”, explicou na ocasião.

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