17 mai, 2018 - 10:32
Mais de um terço dos portugueses sofre de hipertensão e a maior parte deles são homens e pessoas com “nenhuma escolaridade ou com o primeiro ciclo”. Os dados resultam do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF), divulgados neste dia dedicado à hipertensão.
Realizado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o inquérito analisou a tensão arterial dos portugueses e concluiu que 2,4 milhões têm hipertensão.
No estudo, além da medição da tensão arterial, foi considerada a toma de medicamentos para a hipertensão nas duas semanas anteriores à entrevista.
A doença afeta mais os homens do que as mulheres: atinge quase 40% da população masculina e 32% da feminina.
Além disso, a prevalência da hipertensão é mais elevada (62,6%) na população com "nenhuma escolaridade ou com o primeiro ciclo" do que na população com "ensino superior", onde 15,5% sofrem de hipertensão.
Relativamente à ocupação profissional cerca de 65% dos reformados, domésticos ou estudantes têm hipertensão, enquanto a taxa de hipertensos desempregados ronda os 30% e a dos empregados se fixa nos 24,7%.
De acordo com os dados do INSEF, mais de 70% da população acima dos 65 anos têm hipertensão e entre os 25 e os 34 anos cerca de 6% são hipertensos.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Hipertensão, os doentes com hipertensão têm um maior risco de morte ou desenvolvimento de determinadas doenças como a insuficiência cardíaca, acidentes vasculares cerebrais (AVC), enfarte do miocárdio, insuficiência renal ou perda gradual da visão.
No âmbito da celebração do Dia Mundial da Hipertensão, a Sociedade Portuguesa de Hipertensão escolheu Almada para "capital nacional das comemorações" com a realização de vários rastreios e atividades para a população.