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​Associação britânica de cuidados paliativos apoia rejeição da eutanásia em Portugal

24 mai, 2018 - 12:26

Grupo defende “uma clara opção de que o caminho a seguir e o caminho urgente a fazer é um bom investimento sério em cuidados paliativos”.

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A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos recebe mais um apoio internacional na luta contra a legalização da eutanásia. A Associação de Cuidados Paliativos da Grã-Bretanha e da Irlanda divulgou um comunicado onde apela a um maior investimento nos cuidados em fim de vida.

Em declarações à Renascença, Duarte Silva Soares, da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, considera este apoio muito importante e questiona porque é que o legislador português não segue as boas práticas britânicas.

“Se o Reino Unido rejeita persistentemente leis que estão bem elaboradas, bem fundamentadas pró-eutanásia, se as rejeita por entender que são inseguras e que trazem consequências que são nefastas e uma mensagem errada para a gerações futuras, a questão que nos fica é porque é que temos tanto atraso a copiar Reino Unido naquilo que são os serviços e a provisão de cuidados no final da vida com qualidade e queremos acelerar o processo e ultrapassar o Reino Unido nesta questão”, explica.

Quanto ao comunicado emitido pela associação britânica, Duarte Silva Soares destaca a defesa de “uma clara opção de o caminho a seguir e o caminho urgente a fazer é um bom investimento sério em cuidados paliativos”.

Os quatros projetos de lei para despenalizar e regular a morte medicamente assistida em Portugal vão ser debatidos e votados, na generalidade, na terça-feira na Assembleia da República.

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  • João Lopes
    24 mai, 2018 Viseu 19:12
    A eutanásia e o suicídio assistido continua a ser homicídio mesmo que a vítima o peça, tal como a escravatura é sempre um crime, mesmo que uma pessoa quisesse ser escrava! Com a legalização da eutanásia e do suicídio assistido, o Estado declararia que a vida de pessoas doentes e em sofrimento não lhe interessa, e não as protege. A eutanásia e o suicídio assistido são diferentes formas de matar. O parlamento, os tribunais, os hospitais, os médicos e enfermeiros, existem para defender a vida humana e não para matar nem serem cúmplices do crime de outros.
  • fanã
    24 mai, 2018 aveiro 18:36
    É uma nobre posição de parte dos Inglish's , Só que estruturas de Cuidados Paliativos são quasi inexistentes por cá no nosso Jardim a beira mar plantado. E para o Sr. Centeno e Costa , como os que os antecederam , isso não é uma PRIORIDADE !
  • benjamin
    24 mai, 2018 famalicão 16:59
    A bárbarie continua nos povos dos países do Sul. Gostamos muito de nos afirmar como europeus e parte integrante da Europa, mas para receber dinheiro porque, para cumprir com as regras mais elementares da ética ou evidenciar os mais altos padrões morais e cívicos, isso, já é para os outros, para os que pagam as contas. Mas, já não chegava estarmos na linha da frente para matar animais inofensivos e que sempre fizeram parte do nosso "habitat" e quotidiano, pois agora, pelo que vamos ouvindo e lendo, também queremos passar para a frente na decisão de matar pessoas antes do fim anunciado. Que tristeza de gente, que tristeza de cidadãos, que tristeza de país...

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