28 mai, 2018 - 12:43 • André Rodrigues
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) considera que António Costa avançou com "uma promessa tardia", ao falar de conciliação entre emprego e vida familiar.
No encerramento do Congresso do PS, na Batalha, o primeiro-ministro e secretário-geral socialista disse ser necessário alcançar "um grande acordo de concertação" para melhorar as condições de conciliação entre a vida laboral e a realidade das famílias, apontando "uma nova forma de modelação do horário de trabalho ao longo da vida" como uma das possibilidades.
Em declarações à Renascença, a secretária-geral da APFN, Ana Cid Gonçalves, diz que a promessa já vem tarde, mas reconhece que "todas as medidas a favor das famílias são bem vindas". Só que estas, em concreto, "já deviam ter sido pensadas e implementadas há muito tempo".
Ana Cid Gonçalves lembra, contudo que estas intenções "não se podem cingir a uma ou duas medidas muito limitadas na sua ação, porque temos famílias para quem um horário contínuo é importante, mas temos outras famílias que com uma redução de horário conseguiriam gerir muito melhor as suas vidas".
Por outro lado, a secretária-geral da APFN considera "crucial que a realidade das empresas seja também tida em conta no sentido em que isso não possa servir para prejudicar o emprego das pessoas com essas necessidades. E a empresa também não pode sentir, no final, que estas medidas possam vir a prejudicar a sua produtividade".