31 mai, 2018 - 22:42
Os meios de combate a incêndios vão ser reforçados a partir desta sexta-feira, passando a estar no terreno 8.187 operacionais, apoiados por 1.879 viaturas e 40 meios aéreos, segundo a Diretiva Operacional Nacional (DON).
A DON, que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para este ano, indica que os meios são reforçados, pela segunda vez, a partir de 1 de junho, com a entrada em vigor do agora denominada "reforçado -- nível III", que termina a 30 de junho.
Durante um mês, vão estar operacionais 8.187 elementos e 1.879 veículos dos vários agentes presentes no terreno, além de 40 meios aéreos, que aumentam para 48 partir de 15 de junho.
Estes meios aéreos são os que estão previstos na DON, que inclui os três helicópteros Kamov, que entretanto ficaram inoperacionais.
Integram os meios envolvidos no combate elementos dos bombeiros voluntários (3.649), da Força Especial de Bombeiros (236), do Grupo de Intervenção Proteção e Socorro (1.081) e do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (954) da GNR, além dos sapadores florestais (1.415), segundo o DON.
As corporações de bombeiros voluntários vão ter, a partir sexta-feira, mais 79 Equipas de Intervenção Permanente (EIP), passando o país a dispor de um total de 170 EIP.
As 79 novas EIP, constituídas por cinco elementos que estão em permanência nos quartéis de bombeiros para ocorrer a qualquer situação de urgência e emergência registada no concelho, totalizam 395 operacionais.
Com estas novas EIP, os bombeiros voluntários passam a ter 262 Equipas de Intervenção Permanente, compostas por 1.324 elementos profissionais.
Integram ainda o DECIR para este período os 72 postos de vigia para prevenir e detetar incêndios, que já tinham entrado em funcionamento a 7 de maio.
Este ano, as fases de combate a incêndios foram substituídas por níveis de prontidão, passando o dispositivo a estar permanente ao longo do ano e reforçado entre 15 de maio e 31 de outubro.
De acordo com a DON, o maior reforço de meios acontece nos meses de junho e outubro, quando se registaram os maiores incêndios de 2017 que provocaram 115 mortos, mas continua a ser entre julho e setembro, conhecida pela fase mais critica de incêndios, o período que mobiliza o maior dispositivo.
Este ano, junho vai contar com mais 1.580 operacionais, 365 viaturas e oito meios aéreos do que o mesmo mês de 2017.
O dispositivo de combate a incêndios vai ser novamente reforçado a 1 de julho, passando a estar mobilizados 10.767 elementos, 2.463 veículos e 55 meios aéreos, o maior de sempre.
Das 55 aeronaves disponíveis no continente, 50 são alugadas (uma das quais para a Madeira) e seis da frota do Estado, que tem apenas neste momento três helicópteros ligeiros.
Questionado pela agência Lusa sobre os custos do aluguer dos 50 meios aéreos e sobre o valor do ajusto direto das 28 aeronaves, o Ministério da Administração Interna (MAI) referiu que o custo operacional diário é de 3717 euros.
"Considerando o maior número de meios e a maior extensão do período de funcionamento dos mesmos (50 aeronaves alugadas em 2018 face a 41 no período 2013/2017) podemos concluir que os encargos com o dispositivo aéreo é inferior em 2018 comparando com o período 2013/2017. O custo do dia operacional dos meios aéreos locados em 2018 é de 3.717 euros, enquanto no período anterior era de 4.563 euros", indica o MAI.